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Hospitais alemães entram em colapso e não dão mais conta de atender pacientes com covid-19

Com uma taxa de incidência de 550 infecções por 100 mil habitantes em sete dias, a Baviera é uma das regiões mais afetadas por essa onda.

O Liberal
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A equipe do hospital bávaro de Freising, sul da Alemanha, precisou transferir um paciente com covid-19 para um estabelecimento no norte da Itália, medida inédita no país, motivada pela falta de vagas na unidade de terapia intensiva no hospital alemão. As informações são do portal GZH.

Durante os 18 meses de pandemia, os hospitais alemães foram constantemente solicitados para atender a pacientes de países europeus sobrecarregados. Entretanto, desde outubro, com a nova onda de covid-19, a maior economia da Europa tem se perguntado quanto tempo seu sistema de saúde vai aguentar.

“Na semana passada tivemos que transferir um paciente para Merano (Itália) porque não tínhamos capacidade e os hospitais da Baviera ao redor também estavam lotados. Estamos no limite de nossas capacidades” explicou Thomas Marx, diretor do hospital de Freising. 

Com uma taxa de incidência de 550 infecções por 100 mil habitantes em sete dias, a Baviera é uma das regiões mais afetadas por essa onda. Sua unidade de terapia intensiva tem atualmente 13 pacientes, "três a mais do que nossa capacidade normal". Cinco deles têm covid-19, todos não vacinados. 

Em todo o país, o número de pacientes com coronavírus em terapia intensiva permanece abaixo do pico alcançado no final de 2020, mas os hospitais estão mais vulneráveis devido à grave escassez de profissionais de saúde.

“Não há um limite a partir do qual diremos que todo o sistema de saúde entrará em colapso” afirma Gerald Gass, presidente da associação alemã de hospitais. Mas já existem "sinais de alerta", destacou nesta semana ao jornal Handelsblatt, citando tensões em hospitais na Baviera e Thüringe, outra região particularmente afetada.

Pessoal esgotado

No hospital de Freising, Marx descreve "uma grande incompreensão" da equipe do hospital diante do agravamento da situação que era, segundo ele, "previsível e poderia ter sido evitada".  Com uma taxa de 67,7%, a Alemanha não se destaca entre os países da Europa Ocidental como um dos mais vacinados. 

Nesta quinta-feira (18), o parlamento deve aprovar com urgência, um projeto de lei que restabelece as restrições para tentar impedir o aumento de novas infecções diárias que, nesta semana, está entre 30 mil e 50 mil.

O plano prevê um retorno ao teletrabalho e a necessidade do passe sanitário para o transporte público. O texto preparado pela coalizão de governo, que em breve sucederá a maioria de Angela Merkel, deve permitir que sejam tomadas medidas voltadas para as pessoas não vacinadas. Várias regiões, inclusive Berlim, já proíbem o acesso a eventos culturais, esportivos e até restaurantes.

“A situação é agora muito mais delicada nos hospitais alemães, já que contam com 4 mil leitos de terapia intensiva há menos devido ao esgotamento do pessoal de saúde, que deixou seus empregos ou reduziu o tempo de trabalho” explica Gernot Marx, presidente da Associação Alemã de Medicina Intensiva (DIVI). 

Uma carência enfrentada diariamente por Niklas Schneider, chefe do serviço de terapia intensiva da clínica Munich Schwabing. “Temos muito menos pessoal especializado do que durante as primeiras ondas”, afirma.

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