Homens vão engravidar? Cientistas fazem ratos machos darem à luz

Um rato macho na China deu à luz por cesariana após um experimento "maldoso" que envolveu uni-lo a uma rata e transplante de útero. As informações foram divulgadas pelo Daily Mail.

Cientistas da Naval Medical University em Xangai disseram que o experimento pode ter "um impacto profundo na biologia reprodutiva".

Eles não explicaram as implicações para os humanos, mas vem depois de estudos que exploram a possibilidade de transplantar um útero em mulheres transexuais.

A equipe juntou um rato macho e fêmea unindo sua pele e compartilhando seu sangue, depois transplantando um útero em um macho e implantando embriões em ratos machos e fêmeas. Eles transplantaram o útero de uma fêmea para um rato macho, que havia sido previamente castrado.

Os embriões puderam se desenvolver até o termo, ou seja, 21,5 dias, com dez filhotes bem-sucedidos de 27 embriões "normais" em machos nascidos por cesariana.

Esses passaram a viver até a idade adulta e foram capazes de se reproduzir, não sofrendo maiores efeitos nocivos para o coração, pulmão ou fígado, explicou a equipe.

Os cientistas disseram: “Um modelo animal mamífero da gravidez masculina foi construído por nós.” No entanto, a conselheira sênior de política científica da organização de defesa dos animais PETA, Emily McIvor, chamou o estudo de “frankenscience” e “vil”.

Os cientistas disseram que foram inspirados a ver se um embrião poderia sobreviver em um "útero masculino" por cavalos-marinhos machos que dão à luz.

Gravidez masculina

A gravidez masculina é um fenômeno incrivelmente raro na natureza - tão raro que os singnathidae, uma família de peixes que inclui cavalos-marinhos, peixes-cachimbo e dragões-marinhos, é a única espécie conhecida em que os machos geram filhos durante a gravidez.

O estudo baseia-se em experimentos anteriores em que embriões de camundongos foram implantados em outras partes do corpo masculino - não no útero - mas eles se desenvolvem por um curto período.

Então, eles projetaram um “protótipo de rato” que removeu essas restrições, costurando efetivamente um rato macho e fêmea para criar uma única entidade conjunta.

McIvor disse: “Juntar cirurgicamente dois ratos sensíveis - que suportaram mutilação e semanas de sofrimento prolongado - é antiético e está no reino da Frankenscience.”

“Os ratos têm sistemas nervosos como os dos humanos”, disse ela, acrescentando que “eles sentem dor, medo, solidão e alegria, assim como os humanos”.