Filho de George Floyd revelou não conseguir assistir ao vídeo da morte do pai
Quincy Floyd diz odiar que as imagens e os vídeos estejam na internet, mas admira a maneira como as pessoas protestam pela memória do George.

Nesta quarta-feira (14), George Floyd completaria 47 anos. As fortes imagens do homem negro e desarmado que foi morto asfixiado, nos EUA, em maio, por um policial ainda viralizam pela internet e causam angústia. Para o filho dele, Quincy Floyd, não tem sido fácil superar a ausência e revelou que as imagens do último momento do pai não saem da sua cabeça.
Em entrevistas à emissora britânica Sky News, o jovem diz não “conseguir parar de assistir ao vídeo viral” que mostra o policial de Minneapolis ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por 8 minutos e 46 segundos, ignorando repetidamente seus gritos de: “Não consigo respirar”.
“É como se eu não conseguisse parar de assistir ao vídeo. Eu assisto ao vídeo quase sempre, não todos os dias, mas de vez em quando eu apenas penso sobre isto”, lamentou ele.
O sepultamento de Floyd, em junho deste ano, um mês após a morte, também é motivos de pesadelos para Quincy.
“Vê-lo naquele caixão foi como olhar para mim mesma e me ver naquele caixão. Foi devastador porque era como se ele ainda estivesse respirando quando estava deitado naquele caixão. Cada vez que eu olho para ele, eu me vejo e isso me dá arrepios”, afirmou.
As imagens e os vídeos que mostram o último momento de George Floyd seguem gerando protestos ao redor do mundo, contra o racismo e a brutalidade policial, mas Quincy diz odiar que estejam na internet, embora continue admirando a maneira como as pessoas têm protestado pela memória do pai.
Demissão e julgamento
Quatro policiais foram demitidos pelo Departamento de Polícia de Minneapolis após a morte de Floyd, em 25 de maio.
Derek Chauvin, que foi acusado de homicídio culposo, pagou uma fiança de US$ 1,7 milhão, na manhã da última quarta-feira (7), e foi liberado da prisão.
Todos os quatro homens devem enfrentar julgamento juntos em março de 2021, mas a Justiça ainda avalia um pedido para que sejam julgados separadamente.
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