Ex-chefes militares e de segurança de Israel pedem a Trump fim da guerra
Grupo apela a Trump para intervenção diplomática visando o fim da guerra e alívio humanitário em Gaza.

Cerca de 600 ex-altos funcionários do governo israelense, incluindo ex-diretores do Mossad, do Shin Bet (agência de segurança interna), das Forças Armadas e do corpo diplomático, divulgaram uma carta aberta pedindo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pressione o premiê Binyamin Netanyahu a encerrar a guerra na Faixa de Gaza. O apelo foi feito nesta segunda-feira (4) pelo movimento Comandantes pela Segurança de Israel (CIS).
“Seu prestígio junto à maioria dos israelenses aumenta sua capacidade de orientar o premiê na direção correta: acabar com a guerra, devolver os reféns e pôr fim ao sofrimento”, diz o documento. Entre os signatários estão três ex-chefes do Mossad, cinco ex-diretores do Shin Bet e três ex-chefes do Estado-Maior das Forças Armadas.
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Em vídeo divulgado pela rádio do Exército nas redes sociais, Ami Ayalon, ex-diretor do Shin Bet, afirma que o conflito já ultrapassou os limites de uma “guerra justa” e ameaça a “identidade moral do Estado de Israel”. Segundo o CIS, os ex-comandantes somam mais de mil anos de experiência em segurança nacional e diplomacia, tendo participado de decisões cruciais da história recente do país.
A carta defende que Trump repita a atuação que teve no Líbano, ao intervir politicamente em momentos de crise. “É hora de fazer o mesmo em Gaza”, diz o texto. O CIS sustenta que dois dos três principais objetivos da guerra — desmantelar o Hamas e destruir sua estrutura militar — já foram atingidos, e que o terceiro, considerado o mais importante, depende de negociação: trazer os reféns de volta.
“Estamos à beira da derrota”, afirmou Tamir Pardo, ex-chefe do Mossad, ao criticar as condições humanitárias em Gaza, que, segundo ele, são consequência direta da atuação israelense. “Nos escondemos atrás de uma mentira que nós mesmos criamos. Essa mentira foi vendida ao povo israelense. Mas o mundo já entendeu que ela não corresponde à realidade.”
(Com agências internacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.)
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