Em ano eleitoral, Estados Unidos abriga ícones de conservadores em evento

Presidente argentino, Javier Milei, e o recém-reeleito Nayib Bukele, de El Salvador, estão entre os palestrantes do evento

Gustavo Freitas / Especial para O Liberal
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Nesta semana, está acontecendo a CPAC, a maior conferência de conservadores do mundo, em Washington (EUA). O evento reúne os principais nomes do partido republicano, incluindo o ex-presidente, e autoridades estrangeiras para aproximar o eleitorado de pautas de interesse dos republicanos.

O presidente argentino, Javier Milei, e o recém-reeleito Nayib Bukele, de El Salvador, estão entre os palestrantes do evento. A presença de líderes da América Latina é uma tentativa de aproximar cada vez mais o eleitorado latino da agenda conservadora.

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O partido republicano faz altos investimentos para aproximar os democratas de presidentes à esquerda, como Fidel Castro, Nicolás Maduro, Daniel Ortega e Gustavo Petro, justamente para sensibilizar os imigrantes dessas regiões que vivem nos Estados Unidos para fugir da realidade do país de origem. 

Bukele foi recebido como astro no evento, sendo um dos primeiros a palestrar e a acusar as elites de destruírem o país. “O povo de El Salvador acordou, e você também pode”, disse ele. “As elites globais odeiam o nosso sucesso e temem o seu.”

Ao falar da luta contra as drogas, Bukele alertou para o declínio de muitas das grandes cidades dos EUA, dizendo que se tornaram “locais onde o crime e as drogas se tornaram a norma diária”.

"Quantos jovens você perdeu nas ruas da Filadélfia ou de São Francisco devido ao fentanil?", indagou o presidente de El Salvador. “Você consegue imaginar como estaremos nos próximos cinco, 10, 15 anos?” Ele exortou o público entusiasmado: “Lutem, porque no final valerá a pena. Vocês terão seu país de volta”.

Há uma grande expectativa para uma eventual relação entre Javier Milei e Donald Trump, caso seja eleito em novembro. No seu primeiro mandato, Jair Bolsonaro era o grande aliado na América do Sul, posição que muitos esperam ser tomada por Milei. 

Uma eventual eleição de Trump pode colocar o presidente argentino como principal liderança ideológica na região, minando as expectativas de Lula liderar uma integração de presidentes sul-americanos. Entre as afinidades de Milei e Trump, a rejeição ao governo de Nicolás Maduro é a que mais interessa à agenda do candidato republicano.

“Ele herdou um ‘desastre total’, mas ele é MAGA (Make Argentina Great Again). Espero poder ajudá-lo no futuro”, disse o ex-presidente. Milei ganhou as manchetes da mídia internacional após seu discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, no qual alertou que “o Ocidente está em perigo” e sobre os riscos do “socialismo” e das políticas “coletivistas”. 

Na conferência, a ministra de Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, fez diversos elogios a Bukele e prometeu usar seu modelo como inspiração para cuidar da segurança. “Estamos às ordens para ajudar com o que precisarem”, respondeu o presidente de El Salvador.

Bukele se transformou em líder popular após iniciar uma guerra contra as gangues que dominavam o país. A construção de um gigantesco presídio para abrigar os chefes dessas gangues ganhou as atenções midiáticas no mundo, e, em um ano, El Salvador deixou de ser um dos países mais inseguros do planeta para se tornar referência em segurança doméstica. Foram mais de 365 dias sem registrar homicídios no país, levando o presidente a ser reeleito com mais de 80% dos votos.

Biden faz ofensas a Putin

Em evento de arrecadação de fundos na Califórnia, o presidente americano não mediu esforços para tecer xingamentos ao presidente russo. Usando a sigla SOB para abreviar o palavrão, Biden disse: “Temos um FDP louco como esse Putin e outros, e sempre temos que nos preocupar com o conflito nuclear, mas a ameaça existencial para a humanidade é o clima".

Curiosamente, o presidente russo deu declarações recentemente afirmando que prefere lidar com Joe Biden do que Donald Trump, por achar o democrata “mais experiente e previsível”. Após as ofensas do presidente americano, Putin reafirmou sua opinião. 

“Estamos prontos para trabalhar com qualquer presidente. Mas acredito que, para nós, Biden é um presidente preferível para a Rússia e, a julgar pelo que ele acabou de dizer, estou absolutamente certo.” Putin insiste que seu comentário desencadeou a reação correta do democrata. 

Não é como se ele pudesse me dizer: Vladimir, obrigado, muito bem, você me ajudou muito’”, disse. “Você me perguntou o que é melhor para nós. Eu disse isso e ainda acho que posso repetir: Biden”, completou Putin.

Recentemente, o Senado americano aprovou um pacote adicional de $ 95,3 bilhões de dólares para Ucrânia, Israel e Taiwan. Apesar do aporte financeiro, Biden vem sofrendo com críticas pelo apoio ao governo ucraniano e à guerra em Gaza. 

O democrata vem subindo o tom com Netanyahu e buscando uma solução rápida para o conflito. A forma como o governo israelense tem lidado com o conflito, sob apoio do governo americano, tem gerado crises entre Biden e a comunidade árabe nos Estados Unidos.

Em Michigan, estado com a maior porcentagem de árabes no país, a comunidade tem se revoltado com o presidente e iniciou uma campanha para não votar em Biden nas eleições de novembro. 

O estado é considerado um swing state por não ter uma orientação ideológica definida, podendo migrar entre os lados a depender do momento eleitoral. Em 2020, Biden venceu no Michigan, mas as pesquisas indicam que Donald Trump está na frente por uma pequena vantagem.  

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