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Destituído após tentar golpe, ex-presidente do Peru é levado para base policial em Lima

Pedro Castillo deve permanecer detido na base da Diretoria de Operações Especiais da polícia por até 15 dias, sob investigação

O Liberal

Após a tentativa de dissolver o parlamento, o ex-presidente do Peru Pedro Castillo, destituído do cargo pelo Congresso do país, foi levado de helicóptero na noite desta quarta-feira (7) para uma base policial localizada no leste de Lima. Ele deve permanecer detido por até 15 dias na base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, sob investigação. As informações são do G1 Mundo.



Eleito em 2021, após uma disputa extremamente polarizada, Castillo já havia dado declarações polêmicas, ameaçando fechar o Congresso – dominado pela oposição - se os parlamentares não aceitassem os planos dele. Ele chegou ao poder vencendo Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, por uma margem pequena de votos.

O agora ex-presidente enfrentou sua primeira crise do governo apenas dois meses depois da posse, quando o primeiro-ministro do país e todo o gabinete ministerial renunciaram aos cargos. Em dezembro de 2021, houve o primeiro pedido de impeachment, que acabou sendo derrubado. Outros dois foram abertos, com Castillo sendo acusado de “incapacidade moral” para seguir no poder e “falta de rumo”.

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Um dos pedidos de impeachment resultou no afastamento do presidente, nesta quarta, poucas horas depois de Castillo anunciar, em uma transmissão pública, a dissolução do Congresso e convocar novas eleições. Durante esse anúncio, ele afirmou que iria instituir um governo de exceção, declarando estado de emergência.

O Parlamento ignorou a dissolução e se reuniu para aprovar o pedido de impeachment do presidente. As Forças Armadas também não apoiaram o presidente e afirmaram que o Castillo só poderia dissolver o Congresso se os parlamentares tivessem derrubado todos os ministros do governo, o que não aconteceu;

A atitude do presidente foi classificada pela Suprema Corte do Peru como golpe de Estado e foi determinado que a vice, Dina Boluarte, assumisse a Presidência. Ela foi empossada pelo Congresso ainda na quarta, enquanto Castillo preso momentos depois, no momento em que se preparava para deixar o Palácio do Governo.

 

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