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Deputado filho de brasileiros pode ser expulso da Câmara dos Representantes dos EUA

George Santos será o sexto na história da Câmara a ser destituído na Câmara dos Representantes dos EUA

O Liberal

O líder do Comitê de Ética da Casa, Michael Gust, do Mississipi, apresentou proposta na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos para expulsar o deputado republicano e filho de brasileiros, George Santos, de Nova York. A casa está articulando a expulsão do parlamentar e, caso ocorra, ele será o sexto político a ser destituído na história da Câmara.

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De acordo com informações do The New York Times, inúmeros parlamentares reagiram negativamente ao relatório do Comitê de Ética, no qual constam provas de pelo menos 23 crimes cometidos por George Santos. Em uma das acusações, o deputado é acusado de gasto de verba de campanha para fins pessoais.

Para que o parlamentar seja expulso, é necessário que dois terços da Câmara, referente a cerca de pelo menos 290 membros, do total de 435 da casa, sejam favoráveis à proposta. George já foi alvo de duas tentativas anteriores de afastamento. Ele conseguiu manter o mandato porque parte dos parlamentares entendeu que não era possível afastá-lo com base apenas em relatos de redes sociais, sem provas das acusações.

No entanto, após a divulgação dos dados apurados pelo Departamento de Ética, a maioria dos deputados de Nova York estão favoráveis à expulsão dele.

O deputado, por sua vez, nega as acusações e classifica a investigação como “difamação política”. George abriu mão da reeleição pelo distrito de Queens e Long Island e do salário de US$174 mil/ano que vem junto ao cargo, justo num momento em que enfrenta altas despesas judiciais.

Reação

Devido à situação de Santos, o Partido Republicano enfrenta uma dualidade, já que perder a vaga do parlamentar pode prejudicar a maioria. Os líderes dos dois partidos da câmara já estariam inclusive dialogando sobre a possibilidade de uma eleição no início de 2024 para preencher a vaga ocupada pelo político.

A republicana Nicole Malliotakis, que anteriormente se opôs às tentativas de expulsão, definiu o parlamentar como uma fraude e ponderou que “ele deve renunciar ou ser expulso imediatamente”. Também contrário à expulsão de Santos no passado, Jamie Raskin, forte representante do Partido Democrata, afirmou que, diante das novas acusações, a posição da instituição deve ser clara.

Caso ele deixe o cargo, a vaga fica sujeita a uma eleição a ser convocada pela governadora de Nova York, Kathy Hochul. Nesse tipo de votação, os líderes dos dois partidos da Casa indicam candidatos.

Os democratas, por meio do presidente no condado de Nassau, vêm analisando possíveis nomes. Já o Partido Republicano está de olho em Thomas R. Suozzi, que ocupava o espaço de Santos. Mike Johnson, líder do partido e presidente da Câmara, destacou a importância do relatório e da preservação dos interesses da instituição.

(*Kamila Murakami, estagiária de jornalismo, sob a supervisão de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política)

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