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Carne de laboratório pode ser pior para o clima que gases de gado, dizem cientistas

Empresas que trabalham para produzir carne a partir de células animais precisam minimizar o uso de energia

Reuters
fonte

Cientistas e empresas que trabalham para produzir carne a partir de células animais precisarão minimizar o uso de energia e evitar combustíveis fósseis se quiserem provar que a carne artificial é melhor para o clima do que a carne verdadeira, disseram pesquisadores.

No longo prazo, a produção de carne artificial com grande consumo de energia pode atiçar o aquecimento global mais do que alguns tipos de fazenda de criação de gado se o mundo não seguir o caminho da baixa emissão de carbono, disse um estudo publicado nesta terça-feira pela Escola Oxford Martin do Reino Unido.

Seu principal autor, John Lynch, pesquisador da Universidade de Oxford, disse que reduzir o consumo de carne de gado ajudaria a conter a mudança climática, já que o metano emitido pelo gado é um gás que retém o calor – mas ainda não está claro qual é a melhor forma de substituir a carne convencional.

"Temos que mergulhar um pouco mais nos detalhes para saber se os substitutos seriam tão benéficos quanto se alega", disse ele à Thomson Reuters Foundation. "Acaba se tratando de quanta demanda de energia iria para se produzir um quilo de carne."

Lynch disse que as empresas que prometem levar carne "limpa" produzida em laboratório para o mercado de massa, muitas delas sediadas nos Estados Unidos e em Israel, ainda precisam divulgar informações sobre seus processos de produção de larga escala em planejamento.

O site da Memphis Meats, companhia de grande projeção que produziu a primeira almôndega de carne com células em 2016 e de ave em 2017, afirma que sua carne, cultivada "em escala", usaria uma quantidade significativamente menor de terra, água, energia e alimento.

"Nosso processo produzirá menos desperdício e uma quantidade dramaticamente menor de emissões de gases de efeito estufa. Acreditamos que o planeta será o beneficiário derradeiro de nosso produto", acrescenta, sem dar detalhes de como isso será feito.

A Memphis Meats recebeu investimento dos magnatas Bill Gates e Richard Branson, e ainda das multinacionais Cargill e Tyson Foods.

David Welch, diretor de ciência e tecnologia do Instituto Boa Comida, organização sem fins lucrativos que apoia empresas incipientes produtoras de carne "limpa", disse que provavelmente se passarão mais cinco ou 10 anos até que produtos de carne artificial estejam disponíveis comercialmente aos consumidores.

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