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Auditoria nos EUA encontra falhas no controle de qualidade do Boeing 737 Max

Documento foi divulgado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos na segunda (4). Boeing tem 90 dias para apresentar plano de ação.

O Liberal
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Uma auditoria da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) encontrou diversos problemas com as práticas de produção da Boeing, fabricante de aeronaves e material aeroespacial, após a explosão do plugue da porta de um 737 Max 9 da Alaska Airlines, no dia 5 de janeiro.

“A FAA identificou problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças e no controle de produtos”, diz um comunicado da FAA, divulgado na segunda-feira (4) à imprensa.

Antes do incidente com o 737 Max 9, outro relatório, divulgado em fevereiro, encontrou “lacunas” na cultura de segurança da Boeing, incluindo o receio manifestado por funcionários de sofrerem retaliação por relatarem tais preocupações. A FAA estipulou o prazo de 90 dias para que a fabricante produza um plano de correção dos problemas.

O que diz a Boeing

“Temos uma imagem clara do que precisa ser feito. A transparência prevaleceu em todas essas discussões”, afirma o comunicado da Boeing, em resposta à auditoria da administração federal de aviação americana. O documento diz, ainda, que “A Boeing desenvolverá um plano de ação abrangente com critérios mensuráveis ​​que demonstram a mudança profunda que o Administrador [Michael] Whitaker e a FAA exigem. Nossa equipe de liderança da Boeing está totalmente comprometida em enfrentar esse desafio”.

Em janeiro deste ano, o CEO da Boeing, David Calhoun, já havia admitido a necessidade de melhoria nos controles de qualidade da fabricante, e que a Boeing era “responsável pelo que aconteceu”, referindo-se ao incidente de janeiro.

A auditoria da FAA também incluiu o fornecedor da Boeing, Spirit AeroSystems, que constroi as fuselagens do jato Boeing 737 Max 9. A Boeing era proprietária das operações que atualmente compõem a maior parte da Spirit, mas a desmembrou como empresa separada em 2005. A respeito da auditoria, um porta-voz da Spirit declarou: “Estamos em comunicação com a Boeing e a FAA sobre as ações corretivas apropriadas”.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) também investiga o incidente a bordo do voo da Alaska Air. Um relatório preliminar aponta que os quatro parafusos necessários para manter a tampa da porta no lugar estavam faltando quando o jato saiu da fábrica da Boeing, em outubro de 2023. Ainda não houve atribuição de responsabilidade pela perda dos parafusos.

Além disso, o Departamento de Justiça analisa se as deficiências encontradas após a explosão do plugue da porta do voo do 737 Max violam um acordo de diferimento de acusação assinado pela Boeing há três anos, após dois acidentes fatais do Max, de acordo com uma fonte que está a par da análise. A investigação poderia expor a Boeing a responsabilidade criminal.

Nesta quarta-feira (6), a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, levará ao comitê do Senado americano que supervisiona a aviação os mais recentes informes sobre a investigação do voo 1282 da Alaska. O presidente do Comitê de Comércio do Senado disse que as audiências envolvendo executivos da Boeing serão realizadas somente após os senadores ouvirem as últimas conclusões da investigação.

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