Homens são condenados à prisão perpétua por morte de 53 migrantes em caminhão
Felipe Orduña Torres e Armando Gonzáles Ortega foram condenados por envolvimento na morte dos migrantes encontrados em um caminhão nos EUA, em junho de 2022; relembre o caso
Dois homens foram condenados à prisão perpétua nos Estados Unidos pela morte de 53 migrantes que viajavam clandestinamente na carroceria de um caminhão, em junho de 2022, no estado do Texas. As vítimas enfrentaram temperaturas extremas e falta de ventilação durante o trajeto, que terminou em uma das maiores tragédias envolvendo tráfico humano no país. As sentenças foram anunciadas nesta sexta-feira (27) pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Felipe Orduña Torres, de 30 anos, identificado como o líder da operação, foi sentenciado à prisão perpétua e ao pagamento de uma multa de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,37 milhão). Já Armando Gonzáles Ortega, de 55 anos, também envolvido na logística do transporte, recebeu uma pena de 83 anos de prisão.
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De acordo com as investigações, 64 migrantes foram colocados no compartimento fechado do caminhão, sem ventilação e com o ar-condicionado quebrado. Ao final da viagem até San Antonio, 48 pessoas, incluindo uma mulher grávida, já estavam mortas. Outras 16 foram levadas a hospitais, mas cinco não resistiram. Apenas 11 sobreviveram.
As vítimas eram naturais do México, Guatemala, Honduras e El Salvador. Segundo a acusação, os organizadores do esquema cobravam entre US$ 12 mil e US$ 15 mil por pessoa para realizar a travessia da fronteira.
Outros cinco réus já se declararam culpados no caso e devem ser sentenciados até o fim do ano. Um sexto suspeito, extraditado da Guatemala, terá seu julgamento realizado em setembro.
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