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Alemanha e França anunciam lockdown frente à disparada da Covid

Restaurantes, bares, teatros, cinemas, piscinas e academias de ginástica serão fechadas, e shows serão cancelados

Reuters

A Alemanha imporá um lockdown emergencial de um mês que inclui o fechamento de restaurantes, academias de ginástica e teatros para reverter um pico de casos de coronavírus que pode sobrecarregar os hospitais, disse a chanceler, Angela Merkel, nesta quarta-feira.

"Precisamos agir agora", disse ela, acrescentando que a disparada recente nos números de infecções gerou apoio político e público a novas medidas duras para reduzir os contatos sociais e conter surtos.

A partir de 2 de novembro, reuniões particulares serão limitadas a 10 pessoas de no máximo duas casas. Restaurantes, bares, teatros, cinemas, piscinas e academias de ginástica serão fechadas, e shows serão cancelados.

Competições esportivas profissionais só poderão ser realizadas sem espectadores. As pessoas serão exortadas a não viajar por razões que não sejam essenciais, e pernoites em hotéis só estarão disponíveis para viagens de negócios.

Mas escolas e creches permanecerão abertos, assim como lojas, contanto que respeitem o distanciamento social e regras de higiene. As normas de âmbito nacional substituem uma colcha de retalhos confusa de medidas regionais.

Para tornar as medidas mais palatáveis, especialmente para empresas menores, a Alemanha oferecerá ajuda financeira para aqueles que forem prejudicados pela novas restrições.

Conforme um novo pacote de ajuda equivalente a 11,82 bilhões de dólares, empresas com até 50 funcionários receberão no mês de novembro 75% da sua renda do mesmo período do ano anterior.

Além disso, trabalhadores autônomos, como artistas e assistentes de palco, terão acesso a empréstimos de emergência, e o governo ampliará um programa de liquidação existente para dar às pequenas empresas com menos de 10 funcionários acesso a empréstimos muito baratos.

Maior economia da Europa, a Alemanha foi amplamente elogiada por manter as taxas de infecções e mortes abaixo das de muitos de seus vizinhos na primeira fase da crise, mas agora está no meio de uma segunda onda, como a maior parte do continente.

Os casos aumentaram em 14.964 e chegaram a 464.239 nas últimas 24 horas, disse o Instituto Robert Koch, a agência de doenças infecciosas alemã, nesta quarta-feira. As mortes aumentaram em 85 e chegaram a 10.183, intensificando o temor em relação ao sistema de saúde depois que Merkel alertou que ele pode chegar a um ponto de ruptura se as infecções continuarem a disparar.

Macron anuncia lockdown e circulação impedida entre regiões

Também nesta quarta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a imposição de um novo lockdown, ressaltando que as medida tomadas até agora na contenção da covid-19 não foram "suficientes". A partir da próxima sexta-feira, e até a início de dezembro, não será permita a viagem entre regiões do país, e bares e restaurantes serão fechados. As escolas, por sua vez, permanecerão abertas. Macron anunciou ajudas aos negócios que necessitarem, em um auxílio mensal de até 10 mil euros, e à manutenção de empregos.

Caso a situação melhore nas próximas duas semanas, alguns negócios poderão ser reabertos. Mais detalhes serão anunciados amanhã pelo primeiro-ministro, Jean Castex. "Não é possível ter uma economia próspera quando há um vírus circulando pela nação", afirmou Macron, ressaltando o desafio único que a pandemia representa, e pedindo unidade aos franceses.

"Se não tomarmos medidas drásticas, os médicos terão que escolher entre pacientes", indicou, ressaltando que esforços estão sendo feitos na melhora do sistema de saúde, mas que em curto e médio prazo é necessário conter a circulação do vírus, "se não por nós mesmos, por quem amamos". "O vírus está ganhando força à medida que a temperatura está caindo", lembrou, em referência à chegada do inverno. Macron chegou a dizer que um novo lockdown não era "viável" para ele, mas que foi a solução diante da escalada de casos.

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