Adoçante: Aspartame pode ser declarado como possível cancerígeno por agência internacional

Classificação, que será anunciada em 14 de julho, não considera a quantidade do produto considerada segura

O Liberal
fonte

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), está finalizando uma decisão que classifica o aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns do mundo, como possível cancerígeno. Essa classificação, que será anunciada em 14 de julho, não considera a quantidade de aspartame que pode ser considerada segura para consumo. Essa será a primeira vez que o adoçante receberá essa classificação pela Iarc.

A decisão da Iarc tem como objetivo estimular a realização de pesquisas para avaliar os perigos potenciais do aspartame, com base em todas as evidências científicas publicadas. É importante destacar que a agência já teve suas decisões anteriores contestadas em outros temas. No Brasil, a Anvisa afirma que há um consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro. O adoçante está entre os mais usados em bebidas diets, como refrigerantes.

Comitê também revisa uso do aspartame

O Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) também está revisando o uso do aspartame e deve divulgar suas conclusões no mesmo dia previsto para a declaração da Iarc. Desde 1981, o JECFA afirma que o consumo de aspartame é seguro dentro dos limites diários aceitos.

VEJA MAIS

image OMS lança diretriz para que adoçantes sem açúcar não sejam utilizados no controle de peso
Segundo a organização, o uso prolongado pode provocar sérios efeitos, como um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2

image Consumo de adoçante artificial aumenta chances de câncer; veja como substituir
Os adoçantes com aspartame e acessulfame são considerados perigosos à saúde, podendo causar câncer relacionado à obesidade

Em relação ao uso do aspartame no Brasil, um informe técnico da Anvisa publicado em 2020 e atualizado em 2021 não faz nenhuma menção a uma correlação entre o aspartame e o câncer. O informe destaca que o aspartame tem sido objeto de extensa investigação científica, incluindo estudos experimentais, pesquisas clínicas, estudos epidemiológicos e monitoramento pós-comercialização.

Estudos não provam de forma conclusiva

É importante observar que estudos observacionais realizados na França e no Instituto Ramazzini, na Itália, sugeriram uma possível associação entre o consumo de grandes quantidades de adoçantes artificiais, incluindo o aspartame, e um risco ligeiramente maior de câncer. No entanto, esses estudos não conseguiram comprovar de forma conclusiva que o aspartame é a causa desse aumento de risco, e questões metodológicas foram levantadas em relação a alguns desses estudos.

 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO