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Onze reféns são liberados pelo Hamas em acordo de cessar-fogo

Essa foi a quarta turma de pessoas soltas pelo grupo terrorista

Kamila Murakami

Onze pessoas mantidas como reféns pelo grupo terrorista Hamas foram libertadas nesta segunda-feira (27). Segundo a agência de notícias Reuters, a liberação aconteceu após um acordo firmado com o governo de Israel, em troca de trégua nos ataques na Faixa de Gaza. Com essa, foram quatro turmas de prisioneiros libertados e, por hora, não há previsão para novas libertações. A trégua, prevista para se encerrar nesta terça-feira (28),  foi prorrogada por mais dois dias. 

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A Cruz Vermelha confirmou a informação e disse que o grupo libertado está a caminho do território israelirta. De acordo com informações do Ministério de Relações Exteriores do Catar, das 11 pessoas libertadas, seis são argentinos; três são alemães e dois são franceses.

A negociação feita entre Israel e Hamas determinou, inicialmente, um cessar-fogo temporário pelo período de quatro dias e iniciou na última sexta-feira (24). No acordo, o Hamas se comprometeu a libertar cerca de 50 reféns, enquanto Israel concordou em soltar 150 palestinos presos no país. 

Um dia de trégua para cada 10 reféns soltos 

O governo israelense se comprometeu ainda em prolongar o cessar-fogo em um dia para cada 10 reféns soltos pelo grupo terrorista. Até a madrugada desta segunda-feira, 58 pessoas foram libertadas pelo Hamas. Já Israel liberou, até o momento, 117 palestinos. 

É possível, ainda, que a trégua persista até a quarta-feira (29), porque, segundo o jornal israelense Haaretz, cerca de 10 a 20 refésn ainda podem ser libertados pelo Hamas. De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, representantes norte-americanos e do Catar também estão em negociação para fazer com que a pausa no conflito siga por mais tempo. 

"É o nosso objetivo manter esta pausa para além de amanhã [27/11], para que possamos continuar a ver mais reféns a sair e a enviar mais ajuda humanitária para aqueles que necessitam em Gaza”, afirma, Biden.

No entanto, a nação israelense informou que a guerra ainda não acabou e que pretende retomar as operações militares assim que encerrar o prazo determinado para o cessar-fogo. 

Relembre o caso

O conflito teve início no último dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas atravessou a fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. De acordo com informações repassadas pelos israelenses, 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 240 foram capturadas durante a invasão.

O governo israelense declarou guerra ao Hamas de imediato e deu início aos ataques à Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, cerca de 13 mil habitantes de Gaza foram mortos pelos bombardeios israelenses, cerca de 40% deles crianças, segundo autoridades de saúde palestinas, ligadas ao Hamas (esses números não foram checados por alguma entidade independente).

De acordo com órgãos de saúde da Palestina, manter os dados atualizados se cada vez mais difícil, devido aos bombardeios que prejudicam o serviço de saúde. Antes do cessar-fogo de sexta-feira (24), os combates foram intensificados. Jatos israelenses atingiram mais de 300 alvos, e tropas estavam envolvidas em combates ao redor de Jabalia, no norte da Cidade de Gaza.

Em Israel era possível notar as nuvens de fumaça em Gaza, que eram acompanhadas pelo barulho dos tiros e das explosões. As operações iam continuar até que as tropas recebessem a ordem de parar, informou um porta-voz do exército 

De acordo com Israel, o Hamas utiliza edifícios residenciais e estruturas semelhantes, até mesmo hospitais, como cobertura. O grupo nega a informação.

 

(*Kamila Murakami, estagiária de jornalismo sob a supervisão de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política)

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