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Marabá: vazamento de amônia começou na sala de máquinas de frigorífico, diz Semma

Vazamento de gás em uma unidade da JBS levou 24 funcionários para o hospital com sintomas de intoxicação

Tay Marquioro
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O vazamento de gás amônia registrado na manhã de segunda-feira (22/04), em um frigorífico da empresa JBS, em Marabá, sudeste do Pará, começou na sala de máquinas. A afirmação é do Coordenador de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Paulo Chaves. Logo após o incidente que levou trabalhadores ao hospital, uma equipe técnica da Secretaria foi enviada à empresa para uma inspeção.

“Estivemos na fábrica e concluímos que o vazamento da substância ocorreu na Casa de Máquinas 1. O problema é que, em contato com o ar, esse gás se dissipou e o vento acabou direcionando para o setor de Abate, onde estavam os funcionários. Inevitavelmente, várias pessoas foram intoxicadas”, detalha Chaves.

Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, coordenador explicou também que, apesar do trabalho realizado, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente não é a responsável pelo licenciamento da empresa na cidade e sim a Secretaria estadual. Portanto, o município não possui o processo de licenciamento do frigorífico. “Sem os detalhes da atividade prevista nesse processo, nosso trabalho fica limitado. Mesmo assim, a nossa equipe esteve no local para colher as informações que constarão no parecer técnico que enviado para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade [Semas] e ao Ministério Público estadual [MPPA], que é a quem também cabe fiscalizar a atividade de empresas potencialmente poluidoras”, afirma.

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Embora seja bastante incomum no cotidiano da maior parte da população, a presença do gás amônia é uma constante na maioria dos sistemas de refrigeração industrial no país. No caso dos frigoríficos, por exemplo, este gás atua em um processo de resfriamento e umidificação das câmaras frias, que são responsáveis por acondicionar e manter as características da carne produzida.

De acordo com o Correio de Carajás, uma equipe de policiais também fez uma visita na empresa e foi informada sobre o vazamento na Sala de Máquinas, provavelmente ocasionado por problemas no compressor que utiliza amônia para refrigerar o frigorífico. Uma perícia foi solicitada pela Polícia Civil para confirmar as causas e um inquérito deve ser instaurado para apurar as responsabilidades.

Entenda como foi o vazamento de gás amônia

Na última segunda-feira, por volta das 9 horas, funcionários do Frigorífico JBS foram internados no Hospital Municipal de Marabá, após um vazamento de gás amônia nas dependências da empresa. Ao todo, 24 trabalhadores deram entrada na casa de saúde. Entre eles, havia uma mulher grávida. Segundo informações de funcionários, o sistema de segurança da fábrica, localizada às margens da BR-155, emitiu dois alertas sonoros para evacuação imediata das dependências. No entanto, alguns trabalhadores ainda passaram mal com sintomas de intoxicação. Em nota, a JBS esclareceu que o vazamento de amônia ocorrido ontem na unidade de Marabá foi prontamente controlado. "Todos os colaboradores estavam utilizando os equipamentos de segurança padrões e receberam atendimento médico imediato e toda a assistência necessária. Não houve casos graves entre os atendidos", afirma a empresa.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que todas as pessoas hospitalizadas em virtude do vazamento de amônia – 8 homens e 16 mulheres – foram avaliados, medicados e permaneceram em observação durante o resto do dia. Por volta das 19h10, a Secretaria informou que todos haviam sido liberados. “Devido estabilidade do quadro clínico dos pacientes, todos já receberam alta com as orientações necessárias do médico”, disse a SMS em nota.

Em junho do ano passado, pelo menos 42 pessoas tiveram de receber atendimento médico após intoxicação por gás amônia em instalações do frigorífico JBS, também em Marabá. Na época, a empresa se pronunciou por meio de nota e informou que os colaboradores tiveram sintomas leves. "A JBS informa que a situação na unidade de Marabá (PA) está normalizada. Os colaboradores que precisaram de assistência médica foram prontamente atendidos e todos apresentaram sintomas leves".

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