Como funciona o sistema que leva energia a todos os cantos do Pará?
Equatorial explica como ocorre a geração e a distribuição de energia no Brasil e destaca os investimentos realizados para garantir qualidade no fornecimento
Muitos paraenses se perguntam: se temos Belo Monte e Tucuruí, por que a conta de luz não é mais barata? A resposta está no funcionamento do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta todo o Brasil e permite que a energia gerada em um estado seja consumida em qualquer outro.
No país, a eletricidade é produzida a partir de diferentes fontes — hidrelétricas, solares, eólicas, biomassa e biogás —localizadas em diferentes regiões.
“Se em alguma região houver menos geração de energia, por exemplo, em períodos de seca, o sistema garante que essa demanda seja suprida por outras fontes, mantendo a estabilidade e o fornecimento contínuo para todos os brasileiros”, explica Marcelo Guedes, gerente de expansão da Equatorial Pará.
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Marcelo ressalta que a energia gerada em um estado não necessariamente será consumida apenas pelos moradores daquela mesma região. “O clima influencia diretamente a produção de energia no Brasil. No verão, quando chove menos, a população recebe energia de outras localidades”, reforça.
Do processo de geração à distribuição
A energia gerada pelas usinas ainda não está pronta para abastecer os aparelhos dentro de casa. Até chegar ao momento em que o morador conecta o celular na tomada, a eletricidade passa por várias etapas.
Nesse percurso, a energia é vendida pelas geradoras e comprada pelas distribuidoras, como a Equatorial Pará, em contratos que são regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Para entregar a energia de forma adequada, as distribuidoras investem em subestações que rebaixam a tensão recebida e direcionam o fornecimento conforme a demanda de cada perfil de consumidor, seja residencial, comercial ou industrial.
Por que a tarifa não é a mesma em todo o país?
A tarifa de energia não depende do estado onde a eletricidade é gerada. Ela é definida pela ANEEL, considerando custos de geração, transmissão, distribuição, além de encargos setoriais e tributos estaduais e federais.
No caso do Pará, mesmo com duas grandes hidrelétricas em seu território, os custos de levar energia até a casa das pessoas são elevados devido às dimensões continentais do estado. É preciso atravessar longas distâncias, florestas e rios, além de atender áreas extensas e de difícil acesso.
“Distribuir energia aqui é um desafio enorme. Precisamos cruzar grandes distâncias e administrar áreas extensas com baixa densidade demográfica, localidades onde há poucos imóveis e distantes uns dos outros, característica bem diferente de outras regiões do país. Para garantir um serviço de qualidade, a Equatorial realiza investimentos robustos e constantes na rede elétrica”, reforça Marcelo Guedes.
Somente em 2024, a Equatorial Pará investiu mais de R$ 2,1 bilhões em obras de expansão e modernização da rede, levando energia a novos municípios e comunidades do interior e reafirmando o compromisso de oferecer um fornecimento cada vez mais seguro e de qualidade.
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