Médico do Remo fala sobre o quadro do volante Jaderson: 'Vem evoluindo bem clinicamente'
O atleta remista sofreu uma concussão cerebral durante a primeira partida da final do Parazão, na noite desta quarta-feira (7)
O quadro clínico do volante Jaderson é estável, segundo o médico do Clube do Remo, Jean Clay. O profissional fez uma avaliação sobre o atleta em uma entrevista concedida ao programa Liberal+ Esportes, na rádio Liberal+, e deu detalhes sobre o estado de saúde e de como ocorreu o processo de atendimento desde o lance até a chegada a um hospital particular, onde permanece internado.
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"O Jaderson teve uma lesão que não foi simples. Tem vários pontos de sangramento no cérebro, mas felizmente vem evoluindo bem clinicamente. O neurocirurgião do caso, o doutor Hamilton Araújo, vem acompanhando diariamente. Ele está em ambiente de UTI, porque essa é uma avaliação contínua. Termos o cuidado especial em deixá-lo em um lugar com médico 24 horas. A namorada está acompanhando ele e temos feito tomografias seriadas para ver a evolução do sangramento", disse Klay, que explicou ainda como foi feito o atendimento emergencial ao jogador acometido de uma concussão cerebral.
"Ele fez uma tomografia ontem na entrada do hospital, outra hoje ao meio-dia. Ainda é uma doença de tratamento não cirúrgico, mas essa avaliação é feita de forma contínua. Se a gente perceber que o quadro clínico aumenta muito, a indicação cirúrgica passa a se estabelecer. É um paciente que precisa de muitos cuidados, por isso toda essa preparação e atenção. Ele está bem, estável e consciente, mas chegou com muita dor de cabeça, que foi revertida. Agora é esperar a evolução nas próximas 48 horas."
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Jaderson sofreu um choque violento com o zagueiro Joaquín Novillo, durante o segundo tempo da partida vencida pelo Remo por 3 a 2. No lance, o jogador azulino foi ao chão, deixando os atletas em desespero, até as entradas das ambulâncias que o socorreram. Segundo ele, a aparente demora para a entrada no gramado não foi necessariamente um problema no atendimento emergencial.
"A gente entende que esses protocolos existem para proteção do atleta, mas naquele momento os atletas estavam assistidos por médicos, não estavam sem assistência. Junto com o médico vai uma série de equipamentos naquelas bolsas. Todos carregam desfibriladores. O Remo tem dois e sempre leva para os jogos. A gente não pode confundir agilidade com pressa; O fato de colocar um paciente de qualquer forma não vai salvar a vida dele", reforça
Jaderson ainda não tem um prazo de retorno aos gramados. O médico preferiu não trabalhar com prazos, mas a princípio ele segue fora do clássico que decide o Parazão no próximo domingo (11), também no Mangueirão.