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Há 25 anos, Remo conquistava o pentacampeonato estadual diante do Paysandu com gol de ex-bicolor

A famosa "lei do ex" marcou presença na final do Parazão de 1997 tendo como personagem o volante Rogerinho Gameleira

Fábio Will

A década de 1990 foi especial ao Clube do Remo. Ela é conhecida como a “década de ouro” entre os azulinos, que colecionou conquistas estaduais diante dos rivais Paysandu e Tuna Luso. Neste dia 6 de julho marca uma conquista que rendeu até música aos azulinos. Há 25 anos, o Remo erguia a taça do pentacampeonato paraense com um gol marcado por quem fez história com a camisa do Paysandu e que também cravou seu nome com o manto azul marinho.

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Assista ao gol do título o Remo em 1997


Final do Parazão de 1997. O Remo emplacava naquele período um tabu histórico sobre o Paysandu, foram 33 jogos sem perder para o maior rival, porém, no clássico anterior, no dia 7 de junho, o Paysandu havia quebrado a série remista. Era a primeira vez em que os clubes se encontravam após o término do tabu e, por ironia do destino, o título foi decidido por um ex-bicolor e fechou uma série de cinco títulos do Leão Azul nas tempradas 1993, 1994, 1995, 1996 e 1997.

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Desconfiança da torcida

Rogerinho Gameleira, meio-campista, atuou pelo Paysandu no final da década de 90 até 1994, foi contratado pelo Remo e já havia conquistado os títulos estaduais de 1995 e 1996, porém, sempre com um olhar desconfiado do torcedor remista.

“Como eu sai do Paysandu para jogar no Remo, a torcida azulina pegava no meu pé. Tudo que acontecia de ruim em partidas acabavam me crucificando. Já tinha sido bicampeão com o Remo e nessa final eu arrebentei, foi uma partida em que me firmei e quebrou todo tipo de desconfiança”, comentou.

 

Merecimento

O Remo venceu o jogo por 1 a 0, gol de Gameleira, após jogada de Ageu Sabiá pela direita, que cruzou, para a conclusão do volante, que fez a festa ao lado do torcedor no Mangueirão ainda “bandola”.

“Foi merecimento ter feito o gol que decidiu jogo. Já não sabia como agradar o torcedor, que mesmo eu jogando bem, chegavam a me vaiar. Eu sempre fui um volante que entrava na área, que finalizava e fui feliz nesta jogada e fiz o gol do título. Depois ganhei moral, permaneci no Remo até o final do ano e tive o contrato renovado até o fim de 1998”, disse.

Elenco forte

Rogerinho Gameleira, atualmente com 54 anos, relembra esse momento marcante da carreira e da história do clube e afirma que o time pentacampeão era especial.

“Aquele elenco que o Remo montou era fácil jogar. Tínhamos uma pressão enorme do torcedor, vivenciei essa situação do tabu, eram jogos que nós tirávamos força de onde não tinha e conseguíamos vencer o Paysandu. Era um time vencedor demais”, finalizou.

Remo