Rebeca Andrade tem melhor ano da carreira e retoma treinos visando Paris-2024 Depois de conquistar uma medalha de ouro e uma de prata no Japão, a menina de gestos precisos e limpos retornou ao Brasil como celebridade e teve sua vida transformada Agência Estado 30.12.21 8h20 As fotos em suas redes sociais mostram a realização de um sonho de infância: conhecer os famosos parques da Disney nos Estados Unidos. A ginasta Rebeca Andrade conseguiu, aos 22 anos, ter a alegria de visitar os lugares que faziam parte de sua imaginação desde pequena. Ela foi para lá de férias, após a sensação de dever cumprido na temporada mais vitoriosa de sua carreira, que incluiu os títulos olímpico e mundial no currículo Nos rosto ainda de menina, seus feitos são de gente grande, a ponto de receber cumprimentos de Simone Biles e também da lenda Nadia Comaneci. Se antes dos Jogos de Tóquio, Rebeca era conhecida apenas pelos amantes da modalidade e por especialistas, depois de conquistar uma medalha de ouro e uma de prata no Japão, a menina de gestos precisos e limpos retornou ao Brasil como celebridade e teve sua vida transformada. Participou de programas de televisão e eventos dos mais diversos, multiplicou o número de patrocinadores e parceiros, viu crescer a quantidade de seguidores nas redes e se tornou um dos maiores nomes do esporte no Brasil na atualidade. Seu rosto está por aí, como naquelas telas colocadas em muitos elevadores de prédios que exibem notícias e propagandas. Rebeca virou uma estrela. A atleta nasceu em Guarulhos, na Grande São Paulo, e iniciou na ginástica artística aos 4 anos. Sua tia trabalhava no ginásio e contou para a menina que estava tendo um processo seletivo para novas ginastas. "Eu fui lá e fiz as coisas que pediam com muita facilidade. Isso acabou chamando a atenção deles e passei nessa peneira", contou. De família humilde, desde o começo precisou batalhar para se manter no esporte, por causa das dificuldades financeiras dos pais. A mãe trabalhava como diarista e muitas vezes ia a pé para o serviço para deixar o dinheiro da condução para a filha poder treinar. Segundo Francisco Porath Neto, técnico da atleta, a ginasta sempre mostrou força para vencer os desafios. "A chave é não ter desistido em nenhum momento. No primeiro obstáculo, que achávamos enorme, não desistimos, depois veio um maior ainda, mas continuamos persistindo. Se for contar desde o começo, os obstáculos eram enormes. Falta de estrutura, a gente teve de sair de onde estávamos e a Rebeca teve de ir com a gente Até chegar em uma estrutura que temos hoje do Comitê Olímpico, demorou um certo tempo. Muitas atletas desistem e não passam dessa etapa", revela o treinador. A mãe se virava para manter a família de sete filhos, e para conseguir que Rebeca treinasse. Deixou a menina morar com a tia, com o técnico, com a coordenadora e ainda com outras atletas. Dona Rosa confessa que recebeu muitas críticas por isso, mas sempre manteve a cabeça aberta para deixar a filha seguir seus sonhos. O talento de Rebeca era evidente, mas as lesões atrapalharam bastante. Ela foi submetida a três cirurgias no joelho direito, a última delas extremamente complicada. Até por isso, a ginasta reforçou a importância do trabalho emocional. "Precisa ter a cabeça muito boa, pois ficar longe da ginástica é muito difícil. Uma cirurgia dessas são oito meses para voltar", diz porque passou por isso. Dessa forma, o adiamento dos Jogos de Tóquio por causa da pandemia de covid-19 foi uma boa notícia para Rebeca, que pôde treinar mais e se recuperar das lesões. "O adiamento foi muito bom, pois se a Olimpíada fosse em 2020 seria muito arriscado." Se nos Jogos do Rio, quando tinha apenas 17 anos, ela ficou na 11ª posição no individual geral e viu Simone Biles, dos Estados Unidos, fazer história, em Tóquio ela chegou saudável para brilhar. A brasileira conquistou a medalha de prata no individual geral, prova que reúne todos os aparelhos e premia as ginastas mais completas da competição. Depois, ganhou a medalha de ouro no salto, com uma exibição que encantou os juízes no Japão. "Eu tive muitas pessoas para me ajudar e sei que existem muitos talentos por aí que também precisam de ajuda", disse. O ano será decisivo para a ginasta brasileiro se preparar já de olho nos Jogos de Paris. A fase de descanso e de aproveitar a vida por causa de suas conquistas dará lugar a uma rotina de treino e provas que ela já conhece bem. E sabe que tudo valerá a pena. Os dois pódios olímpicos projetaram Rebeca Andrade para o mundo. Depois ela conquistou a medalha de ouro no salto e a de prata nas barras assimétricas no Mundial de Ginástica Artística no Japão também. Mais recentemente, foi eleita a Melhor Atleta do Ano no Prêmio Brasil Olímpico. Renovou com seu clube, o Flamengo, até os Jogos de Paris, em 2024, e atingiu a marca de 12 patrocinadores ao mesmo tempo. Somente os atletas de elite conseguem esse feito. Com um ano histórico para ela e para a ginástica artística do Brasil, Rebeca já começa a fazer planos para o futuro. Em outubro haverá o Mundial em Liverpool, na Inglaterra. Lá ela pretende se consolidar como um dos grandes nomes da modalidade no cenário mundial. Talvez tenha como rival a americana Simone Biles, que desistiu de competir em Tóquio porque estava desgastada mentalnente. E enquanto se prepara, vai aproveitando para colher os frutos de toda dedicação que teve até agora. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes rebeca andrade COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM ESPORTES Sonho americano Copa do Mundo 2026: veja dicas para paraenses conseguirem o visto americano Hingredy Santos detalha os trâmites e desafios para a emissão do visto, essenciais para torcedores que planejam viajar para as sedes do torneio em 2026 04.05.25 8h00 FUTEBOL Águia de Marabá empata com Manaus e segue invicto na Série D Azulão arrancou o empate com gol nos acréscimos e segue sem perder no Brasileirão 03.05.25 23h47 FUTEBOL Na estreia do goleiro Vinícius, Tuna é goleada pelo Manauara-AM e perde a liderança da Série D A Lusa não conseguiu desempenhar um bom futebol e foi goleada pelo Manauara, em Manaus (AM). 03.05.25 19h30 Clima tenso VÍDEO: Diretor do Amazonas-AM reclama da arbitragem e discute com executivo do Remo PC Gusmão teria reclamado de um pênalti não marcado para a equipe amazonense 03.05.25 18h59 MAIS LIDAS EM ESPORTES POLÊMICAS Zagueiro do Inter se revolta com juiz contra Corinthians: '11 contra 12 nessa porcaria aqui' "Teve um lance do pênalti no Wesley, o VAR nem chamou pra olhar. Mas é assim, bota esse árbitro c***do. pra vir apitar jogo aqui, sempre vai ser assim mesmo. Sempre assim, é 11 contra 12 nesse porcaria aqui", declarou revoltado. 03.05.25 22h48 Futebol “Fomos penalizados”, diz Luizinho Lopes após nova derrota do Paysandu Sequência de nove jogos sem vitória coloca o treinador na berlinda 04.05.25 0h15 Campeonato Brasileiro Série B Volta Redonda x Paysandu: onde assistir ao vivo e as escalações do jogo de hoje (03/05) pela Série B Volta Redonda e Paysandu jogam pela Série B do Campeonato Brasileiro hoje; veja onde assistir ao vivo e as formações 03.05.25 19h30 Operário-PR denuncia ofensa racial contra jogador na Série B: 'Não vamos tolerar discriminação' 04.05.25 23h47