Márcio Fernandes lamenta derrota bicolor e mau aproveitamento do time. 'Quem tem a chance, faz'
Com dificuldades táticas e substituições forçadas, o técnico admitiu que seus comandados não tiveram forças para reagir diante de um fechado ABC
A derrota para o ABC-RN em plena Curuzu foi como um balde de água fria para os bicolores. Com um time mais bem postado e amplo domínio de bola, o Papão viu o adversário aproveitar uma única bola para sair na frente e segurar o resultado até o apito final. Na avaliação do técnico Márcio Fernandes, o destino foi cruel, quando o obrigou a queimar duas substituições no segundo tempo.
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"Eu tentei ajustar. O Robinho sentiu uma contusão no início, ainda ficou até o final, mas não está tendo muita sorte. O Dalberto entrou bem e também sentiu e eu tive que queimar outra substituição. Isso nos atrapalhou. E ai eu tentei posicionar o meio-campo, levando o Serginho um pouco para o lado e colocando o Gabriel para preencher o meio, e isso começou a acontecer. Tivemos maior posse de bola, mas num lance esporádico na frente eles conseguiram fazer o gol", comenta.
A mudança forçada aconteceu no final do primeiro tempo e início do segundo. A primeira foi com Robinho, que vinha como o maior articulador do time, em arrancadas sucessivas pela direita. No entanto, ele foi substituído por Gabriel Davis, enquanto Dalberto, que fora escalado no segundo tempo, sentiu dores num lance com a defesa do ABC e saiu para o lugar de Marcelinho. Sem dois homens de referência, sobrou para o meio-campo, que perdeu o domínio de bola. No primeiro vacilo da defesa, o Alvinegro abriu o placar. Para Márcio, a derrota soou como uma grande lição do futebol. "Quem não faz, leva".
"Nós estávamos perdendo o meio-campo, e mesmo atacando com o Robinho, eles ainda estavam melhores no setor. Com a mudança não perdemos o ataque. O Danrlei chegava, mas cedemos num lance bobo, com um jogador na área que fez o gol deles. Essa desatenção acabou nos levando um gol e a derrota, que foi injusta. No entanto, futebol é bola na rede". Diante dos resultados, a situação bicolor ficou complicada, forçando o time a tentar a vitória nos próximos quatro jogos.
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"É claro que não esperávamos essa derrota. Hoje a equipe está para baixo, mas amanhã temos que pensar que ainda tem quatro jogos, 12 pontos, e com eles o acesso é possível. Eu sei que o nosso torcedor saiu triste, queríamos presenteá-los com uma boa vitória, mas ainda não acabou. Temos que levantar a cabeça, resgatar melhor que estiver para jogo".
Na próxima rodada, o Paysandu enfrenta o Figueirense, que joga neste domingo contra o Vitória. Para o desafio, Fernandes descartou qualquer mudança significativa no esquema tático da equipe. "No jogo passado contra o Vitória tivemos a chance de ganhar e não fizemos. É um momento que, quem tem a chance, faz. E está aparecendo, mas os gols não entram. Nosso time joga para frente, sempre foi assim. Não tem que mudar característica do time agora, seria muito difícil para um grupo que vem desde o início do ano com esse trabalho", diz.
O Paysandu é o lanterna do grupo C, sem pontos marcados, atrás de Figueirense, Vitória e ABC. Depois do Figueira, o Papão volta a Belém para novo desafio contra os catarinenses, depois pega o ABC fora e encerra o quadrangular em casa, contra o Vitória.
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