Márcio chora após derrota no Re-Pa: ‘Tivemos a bola da vitória e deixamos escapar’
O técnico não conteve as lágrimas ao relembrar o lance que poderia ter mudado o destino do clássico
O técnico Márcio Fernandes deixou o Mangueirão visivelmente emocionado após a derrota do Paysandu por 3 a 2 para o Remo, na noite desta terça-feira (14), em um dos clássicos mais eletrizantes dos últimos anos. Em coletiva, ele reconheceu o bom desempenho do time no segundo tempo, lamentou a chance desperdiçada por Carlos Eduardo quando o jogo estava empatado e afirmou que a luta contra o rebaixamento continua até o fim.
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“Eu acho que fizemos um bom jogo, tivemos números melhores que o Remo, mas não fomos letais, não conseguimos transformar as chances em gol. Depois que empatamos, tivemos a bola do jogo, o jogador entrou sozinho, mas não finalizou. Talvez, se tivesse finalizado, a gente estava falando de vitória hoje”, disse Márcio.
Emoção após o apito final
O técnico não conteve as lágrimas ao relembrar o lance que poderia ter mudado o destino do clássico.
“Está no sangue. A partir do momento que tivemos o empate, a projeção era de uma vitória. Quando acontece aquilo, não tem como. São coisas que vêm de dentro da gente. É bom a gente ter sentimentos”, afirmou, com a voz embargada.
Reação e ajustes no intervalo
O Paysandu foi dominado no primeiro tempo, mas voltou completamente diferente para a segunda etapa.
“No primeiro tempo não conseguimos colocar em prática o que tínhamos planejado. Ajustamos no intervalo e, com nosso meio-campo em melhor posicionamento, começamos a mandar no jogo. Os gols em sequência deram confiança para o time jogar, os jogadores começaram a fazer o que sabem”, avaliou.
Mesmo assim, a equipe voltou a sofrer com um velho problema: gols no fim. “Tomamos muitos gols no final, isso abala, ainda mais na situação que a gente está”, desabafou.
Garcez no sacrifício e Rossi fora
Garcez, autor de um dos gols bicolores, atuou no limite.
“Garcez foi até onde deu, já estava com uma contusão e ficou em tratamento até próximo do jogo pra que a gente tivesse ele em campo. É um jogador diferente, hoje ele mostrou isso”, explicou.
Sobre a ausência de Rossi, uma das principais peças do elenco, da lista de relacionados, Márcio foi direto: foi uma opção técnica.
“O Rossi foi opção nossa. Como já optamos por não levar alguns jogadores, ele faz parte do plantel e, como opção pra esse jogo, não levei. Isso não quer dizer que nos próximos ele não possa ir”, disse.
Luta contra o rebaixamento
Mesmo com a derrota e a situação delicada na tabela, Márcio garantiu que o Paysandu vai lutar até o fim.
“Enquanto nós temos chances, nós temos que lutar até o final. Futebol é uma coisa que, quanto mais você acha que 4 mais 4 vai dar 8, às vezes não dá. Temos que trabalhar e projetar as vitórias, nada é impossível.”