Em menos de 10 anos, dois presidentes renunciaram ao cargo no Paysandu; relembre
Papão vive uma crise financeira, que se agravou com o rebaixamento à Série C
A renúncia de Roger Aguilera reacende um sinal de alerta no Paysandu. Em menos de dez anos, o clube bicolor volta a registrar a saída antecipada de um presidente, evidenciando problemas administrativos que se repete em momentos de crise.
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O episódio atual é parecido com o ocorrido em 2017, quando Sérgio Serra deixou o comando do Papão em um dos períodos mais turbulentos da história recente do clube. Naquele ano, além dos resultados negativos na Série B, o dirigente enfrentava desgaste político intenso e acabou renunciando após um grave episódio de violência, quando ele e o filho foram ameaçados. A presidência passou então para Tony Couceiro, vice-presidente à época, em uma tentativa de conter a crise no clube bicolor.
Agora, em 2025, o Paysandu volta a conviver com um cenário semelhante. Eleito para conduzir o clube no biênio 2025/2026, Roger Aguilera encerra sua passagem ainda no primeiro ano de mandato. A gestão ficou marcada por uma temporada esportiva desastrosa, culminando no rebaixamento à Série C, além de uma grave crise financeira, com aumento expressivo de dívidas e ações trabalhistas.
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A decisão foi comunicada oficialmente por meio das redes sociais do Paysandu e expõe, mais uma vez, as dificuldades do clube em manter continuidade administrativa em períodos de pressão. A sucessão de crises, somada às mudanças frequentes no comando, afeta diretamente o planejamento esportivo e amplia a sensação de instabilidade entre torcedores e conselheiros.
Com duas renúncias presidenciais em menos de uma década, o Paysandu tem pela frente um desafio que vai além do campo, que é reconstruir o clube de forma interna e recuperar a confiança do torcedor.
A pressão em cima de Roger Aguilera após o rebaixamento do Paysandu, se agravou com o não pagamento de salários de atletas, que levou uma enxurrada de ações trabalhistas que somam mais de R$16 milhões (o que os atletas pedem). O afastamento do torcedor e os protestos de parte da Fiel em reuniões em frente à Sede Social do clube, pesaram para que Roger abdicasse do cargo máximo do Paysandu. O advogado Márcio Tuma, vice-presidente na chapa de Roger Aguilera, assume o clube nesta atual temporada.
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