CBF divulga áudio do VAR em lance polêmico de pênalti contra Paysandu na Série B

A partida entre Paysandu e Atlético-GO ficou marcada por uma atuação controversa do árbitro Kleber Ariel Gonçalves, do Paraná. O juiz assinalou um pênalti para o Dragão aos 49 minutos do primeiro tempo, após revisar um lance ocorrido aos 47 minutos envolvendo Leandro Vilela, da equipe paraense, e Marcelinho, do time goianiense. A decisão gerou grande insatisfação e protestos entre jogadores e torcedores do Papão.

No último domingo (13), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio da análise do VAR referente ao lance. O árbitro de vídeo, Marcelo de Lima Henrique, do Ceará, revisou a jogada por dois ângulos distintos e concluiu que não houve infração na disputa de bola.

“Dois jogadores estão em disputa de bola: o de preto coloca o braço no de azul, depois o de azul coloca o braço no de preto. Tudo checado e não tem ação faltosa”, disse o Marcelo de Lima. 

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Ao analisar o lance por outro ângulo, árbitro do VAR passou a considerar a possibilidade de pênalti a favor do Atlético-GO. Ele observou que Vilela usou tanto o braço esquerdo quanto o direito para envolver o pescoço do atacante adversário durante a disputa pela bola. Com base nessa avaliação, o árbitro de vídeo recomendou que Kleber Ariel, juiz de campo, revisasse o lance no monitor.

“Vou sugerir uma revisão para possível penal porque realmente tem uma disputa de bola e o defensor está por trás do atacante e com o braço esquerdo e direito e abraça o pescoço do atacante que vai disputar a bola e não consegue disputar. Ele gira em cima do jogador. Em momento algum o de azul vai disputar a bola”, finalizou o VAR.

Após alguns minutos de análise, o árbitro de campo revisou a decisão inicial e marcou o pênalti de forma direta, afirmando: “Decisão confirmada, tiro penal sem cartão”. O atacante Caio Dantas, do Atlético-GO, foi até a marca da cal para cobrar a penalidade, mas o goleiro defendeu a cobrança. No entanto, o volante Ronaldo Henrique, do Paysandu, invadiu a área antes da batida e afastou a bola.

Diante da invasão, o árbitro mandou repetir a cobrança. Na segunda tentativa, Marcelinho converteu o pênalti, colocando o Atlético-GO em vantagem por 2 a 1.

No intervalo, o atacante Rossi, do Paysandu, criticou duramente a decisão da arbitragem no lance do pênalti. Ele reclamou que o árbitro não deixou o jogo fluir e questionou o excesso de faltas marcadas durante a partida.

“A gente trabalha a semana toda para o cara chegar aí e estragar nosso trabalho em duas horas. Pelo amor de Deus, tem que ter mais atenção também da arbitragem. E outra: eles têm que falar aqui também. Pô, tem que falar, só o jogador fala. Ele vem aqui, prejudica a gente e não fala. Se esconde embaixo do vestiário e, na outra rodada, está apitando jogo de novo”, disse Rossi.

No início do segundo tempo, o Paysandu empatou com Anderson Leite e a partida acabou empatada por 2 a 2.

Problemas com arbitragem recorrentes 

Essa foi a segunda partida na Curuzu marcada por polêmicas envolvendo a arbitragem e pessoas ligadas ao Paysandu. No confronto contra a Ferroviária-SP, pela 14ª rodada da Série B, o árbitro Jefferson Moraes registrou na súmula que o executivo de futebol do Papão, Carlos Frontini, invadiu o gramado durante o intervalo e dirigiu-se de forma veemente à equipe de arbitragem, contestando as decisões tomadas nos primeiros 45 minutos.

Segundo o relato oficial, Frontini protestou com palavras fortes: “Porra, Jefferson, você está segurando o jogo, não está deixando a gente jogar, deixou de dar três cartões para o adversário”, conforme registrado na súmula do árbitro. Além disso, ele teria impedido a saída da arbitragem para o vestiário, sendo retirado apenas após a intervenção do preparador físico do clube.

Agenda

O Paysandu volta a campo no próximo sábado (19), às 18h30, para enfrentar o Coritiba-PR no estádio Couto Pereira, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B. A partida terá transmissão lance a lance pelo portal O Liberal.com e narração pela Rádio Liberal +. 

(Pedro Garcia, estagiário sob supervisão de Caio Maia, coordenador do Núcleo de Esporte)