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Na Seleção Brasileira, paratleta de basquete em cadeira de rodas sonha com vaga para as Paralimpíadas de Paris

Rildo Saldanha fez parte dos treinamentos do Brasil para a disputa da Copa América; paraense quer se firmar na equipe para fazer parte do ciclo paralímpico

Aila Beatriz Inete
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O sonho de todo atleta, em qualquer modalidade, é um dia poder chegar na Seleção Brasileira. E este desejo o paraense Rildo Saldanha já conseguiu alcançar. O jogador de basquete em cadeira de rodas foi convocado para participar dos treinamentos que visam a Copa América da modalidade este ano, mas ainda precisa assegurar seu nome na lista final que vai para a competição.

A última convocação ocorreu no mês de março, mas os treinamentos foram realizados no início de abril, entre os dias 4 e 8. O principal objetivo da Seleção Brasileira é se preparar para a Copa América de basquete em cadeira de rodas, que ocorre no mês de julho, em São Paulo. Além de Rildo, o paratleta David Pontes também foi selecionado, mas acabou não conseguindo participar desse período de treinos. 

Esta não é a primeira vez que Rildo é chamado para a Seleção Brasileira. No segundo semestre do ano passado, quando as competições retornaram, o paratleta conseguiu uma vaga entre os 12 selecionados e disputou o Sul-Americano, do qual foi vice-campeão com a equipe. Agora, o objetivo é estar na lista para a Copa América. 

“Estamos confiantes que quando sair a lista dos 12 [selecionados] vai ter o Pará representado para estar na Copa América. Estamos treinando pesado, temos uma competição em maio no Rio de Janeiro e já estamos em ritmo de competição”, contou o paraense. 

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Rildo, que é atleta do time paraense All Star Rodas de Belém, começou no esporte há 18 anos. Ele ressalta que antes de praticar o basquete sempre dependia de alguém, mas depois que conheceu a modalidade passou a se sentir seguro e independente. 

“Eu tive o início aos 15 anos de idade. E eu costumo dizer que a minha vida se resume a antes e depois do All Star Rodas, que é o esporte paralímpico da minha vida. Antes eu era dependente para ir para qualquer lugar, eu sempre tinha que ser levado por alguém. E o esporte me deu essa visão do mundo, de que eu posso fazer o que eu quiser. Hoje eu tenho dois filhos, faço curso de administração e, graças a Deus, sou um dos atletas da seleção brasileira de basquete”, declarou o paratleta. 

Wilson Caju, treinador do All Star Rodas, ressaltou que Rildo é um atleta muito persistente e que a convocação dele para a Seleção Brasileira é fruto de muito trabalho e dedicação. Além disso, o técnico pontuou que ter atletas paraense na equipe do Brasil, mostra que o Pará tem muito potencial no esporte. 

“[Com o Rildo], fizemos vários treinos individuais, em termos de cadeira, arremessos, habilidades, porque isso para nós é muito importante. Ter um atleta na Seleção Brasileira principal, com o nosso centro é muito longe dos grandes de basquetebol, mostra o trabalho desenvolvido aqui, que temos capacidade de ter em Belém equipes fortes. Em outros estados, os atletas recebem para jogar, aqui não, é um apoio”, relatou Wilson Caju. 

image Paratletas em treinamento com a equipe do All Star Rodas (Igor Mota/O Liberal)

Para o paraense, estar na Seleção Brasileira, entre os melhores do Brasil, é um aprendizado constante. Além disso, Rildo ressaltou que o time tem uma ótima estrutura para os treinamentos. 

“Tudo o que aprendo lá eu passo para o meu clube. E, em relação a estrutura, em comparação com os outros clubes, é de primeiro mundo, às vezes aqui a gente tem que adaptar algumas situações que não é igual na Seleção”, expôs o paratleta.  

basquete em cadeira de rodas

Rildo também revelou que um dos seus sonhos é chegar nas Paralimpíadas de Paris 2024, na França. Mas, neste momento, o foco principal é na Copa América, já que é esta competição que pode garantir o Brasil no Mundial de Basquete em Cadeira de Rodas.

“Acredito que o sonho de qualquer atleta é conquistar uma medalha olímpica ou paraolímpica, e eu não sou diferente disso. Meu objetivo é chegar na França. O foco principal é escalar os degraus, fazer parte desse ciclo, dessa caminhada até Paris”, finalizou Rildo.

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)

 

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