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Torcedora pede mais atenção com o público feminino no estádio

Jéssica alerta para a pouca oferta de banheiros nos estádios

Andreia Espírito Santo

A infraestrutura disponibilizada para os torcedores, em especial para as torcedoras, é algo que está preocupando quem frequenta o principal palco do futebol paraense, o Mangueirão. Uma das principais queixas é em relação aos banheiros. Muitos torcedores reclamam que o local é sujo e escuro. No jogo entre Remo e Paragominas, no dia 31 de março, filas se formavam nas portas dos banheiros, principalmente do feminino. 

A terapeuta ocupacional Jéssica Russo Lins, 25 anos, é torcedora do Paysandu assídua em jogos na Curuzu e no Mangueirão. Ao comparar os dois estádios, ela apontou uma diferença. Jéssica contou que a Curuzu melhorou em relação ao acesso à arquibancada. "Já no Mangueirão é a infraestrutura que deixa a desejar, tanto em relação ao acesso à arquibancada como no acesso aos banheiros", afirma. 

O Olímpico do Pará tem disponível apenas quatro banheiros femininos diante de 44 masculinos na área da arquibancada. Já para quem vai utilizar as cadeiras são 2 masculinos, 2 femininos e 2 cadeirantes, de cada lado. Na área da tribuna, está disponível um masculino e um feminino de cada lado. Esse é o mesmo número para quem for assistir aos jogos nos camarotes. 

Para Jéssica, o local precisa de reforma com urgência para atender à grande demanda em dia de jogos. "Todas as vezes que eu fui, só vi um banheiro feminino de cada lado (A e B), sendo os outros prioritariamente masculinos. O que precisa de imediato, para mim, enquanto mulher, seria a disponibilidade de mais sanitários femininos. Por exemplo, se eu escolho assistir ao jogo na arquibancada do último bloco e quiser ir ao banheiro, eu vou precisar andar no mínimo dez metros para ter acesso a um. Além disso, ainda tem as péssimas condições em que ele se encontra, sujo, com água empoçada, sem sabão e muitas vezes sem papel higiênico. Sem contar na fila de espera, já que só é disponibilizado um, como já falei anteriormente", afirma. 

Mesmo com todos os problemas, Jessica garante que não deixará de ir ao estádio e espera que um dia que tudo melhore. "O público feminino aumentou bastante nos últimos anos, então a mulher ganhou mais força nas bancadas, e aumentar a quantidade de banheiros femininos não demanda nenhum investimento faraônico, apenas logística. Facilita a acessibilidade e economiza tempo para as torcedoras", acrescenta. 

Para o jogo deste domingo entre Remo e Bragantino, pela volta da semifinal do Campeonato Paraense, o Mangueirão pode apresentar algumas melhorias. Há mais de uma semana, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel)  teve uma reunião sobre o assunto e ficou decidido que serão feitas obras reparadoras, de manutenção e estruturantes no local. Ainda está prevista a renovação de equipamentos do estádio, como elevadores, sistema de som e alarme de incêndio, além de melhorias nos estacionamentos externos, da construção de um auditório e de novos banheiros.  

Resposta

Sobre os banheiros, a Seel informou que esses locais passam sempre por vistorias toda semana e após jogo. Sobre as lâmpadas quebradas, a Seel informou que foram detectadas as que estavam apresentando problemas e tomadas as providências necessárias. Acerca da limpeza no estádio, o órgão informou que uma empresa terceirizada realiza este serviço para conservação do local antes, durante e após os jogos.  

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