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Pelé morreu: Rei do futebol morre aos 82 anos; causa da morte foi câncer no intestino

Rei estava internado no Hospital Albert Einstein e deixou de responder à quimioterapia

O Liberal

Pelé morreu, nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. O Rei do Futebol estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro. Edson Arantes do Nascimento passou a não responder mais ao tratamento quimioterápico que fazia desde setembro de 2021, quando foi operado de um câncer no intestino.

O corpo do ex-jogador será velado na próxima segunda-feira (2), a partir das 10h, na Vila Belmiro, estádio Santos, clube do coração do Rei do Futebol. De acordo com o Santos, o caixão ficará posicionado no centro do gramado e a cerimônia durará até às 10h de terça-feira (3). O velório será aberto ao público.

• Baixe o pôster original de O Liberal sobre Pelé

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Vida antes do futebol

Com somente quatro anos, a família de Edson se mudou do interior mineiro para Bauru, no estado de São Paulo. Na época, o garoto era conhecido como Dico. O pai, João Ramos, sempre foi apaixonado por futebol, e, por influência dele, Edson também se encantou pelo esporte.

Como surgiu o apelido Pelé?

Ainda criança, Edson começou a jogar nas ruas de Bauru. No entanto, ao contrário de como se tornaria o Rei do Futebol - marcando muitos gols -, o jovem gostava era de atuar como goleiro, inspirado no arqueiro José Lino da Conceição Faustino, o Bilé, amigo de seu pai.

Sem conseguir pronunciar o nome Bilé, Edson, ao realizar defesas, dizia: 'seguuura, Pilééé!'. Daí surgiu um dos apelidos mais conhecidos e importantes apelidos da história - não apenas do futebol. Logo, familiares e amigos começaram a chamar Edson de Pelé.

O início da carreira

Assim como a realidade de muitos garotos que buscam a sorte no futebol, a infância de Pelé foi complicada em termos financeiros. Após a aposentadoria do pai, por causa de uma lesão, Pelé trabalhou como engraxate para tentar ajudar a família.

Isso durou até que aos 11 anos, Pelé, que passara por equipes amadoras, foi descoberto pelo então jogador Waldemar de Brito. O atleta convidou Pelé para a equipe que estava sendo formada pelo próprio Waldemar, o Clube Atlético de Bauru. Poucos anos depois, aos 15 anos, Pelé chegaria ao Santos.

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Em 1975, Pelé decidiu partir para um novo desafio e se aventurar no futebol dos Estados Unidos, que tinha status de semi-amador na época. Pelo New York Cosmos, o brasileiro venceu apenas um campeonato nacional, em 1977, ano em que se aposentou

Contribuições humanitárias

Pelé se aposentou do futebol em 1997, no entanto, continuou marcando gols fora dos gramados, atuando em causas humanitárias. Em 1994, Pelé foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que reconhece a influência para a paz e a segurança mundiais. A UNESCO concedeu ao Rei o prêmio "Children in Need" em 2012. Ainda em 2012 também recebeu um título de Doutor honorário da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, em reconhecimento às realizações em vida.

Pelé tem uma fundação com o seu nome, que atua desde 2018 na capacitação de crianças ao redor do mundo, para a superação da pobreza e a valorização da educação.

Amizade com paraense

Um dos grandes amigos que o Rei do Futebol fez ao longo da trajetória no esporte foi um paraense. Manoel Maria, então ponta direita do histórico time do Santos nas décadas de 1950 e 1960, levou o sentimento de amor e amizade até o fim da vida do atleta do século passado.

A culinária paraense, reconhecida internacionalmente, também era festejada por quem dominou os gramados. Pelé recebeu várias iguarias do estado na ponte aérea que Manoel Maria fazia entre Belém e a Baixada Santista.

"Todas as vezes que vinha para São Paulo, eu trazia o peixe filhote, que o Pelé gosta muito. E ele gosta das coisas do Pará. Tem o pessoal do Clube dos 15, o Wanderley, o Neném, o Fábio Gilson, Joaquim, Picolé. Este último cansou de mandar sorvete de cupuaçu, taperebá, bacuri, açaí", contou.

Assim como nos momentos bons, compartilhando títulos e muitos gols com a camisa do Santos e até da Seleção Brasileira, Manoel esteve com Pelé nos momentos difíceis. Ainda no período de internação, o paraense fez várias visitas ao velho parceiro.

 "Quinta-feira eu estive visitando meu irmão Pelé. Ele não está bem, mas não é como a imprensa e as pessoas estão dizendo. Ele está tomando uma medicação, tem uma reação boa. Eu o encontrei muito bem. Ele me reconheceu, mas não pode ficar falando muito. Apertei a mão dele, passei energias boas", contou ao jornalista Carlos Ferreira, do Grupo Liberal.

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