ONU condena racismo contra Vini Jr. e cobra ações de combate ao crime dentro do futebol

Volker Turk, alto comissário para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, cobrou mais envolvimento de entidades organizadoras de eventos esportivos

Juliana Maia
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Volker Turk, alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, condenou os ataques racistas direcionados a Vini Jr., atacante brasileiro que joga atualmente no Real Madrid. Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Suiça, a autoridade cobrou ações de combate a este crime dentro do futebol e disse que o comportamento da torcida do Valência "é um lembrete gritante da prevalência do racismo no esporte."

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“Apelo aos organizadores de eventos desportivos para que tenham estratégias de prevenção e combate ao racismo. Muito mais precisa ser feito para erradicar a discriminação racial – e isso precisa começar ouvindo as pessoas de ascendência africana, envolvendo-as significativamente e tomando medidas genuínas para agir de acordo com suas preocupações", declarou.

O alto comissário anunciou a criação de um guia de orientação para combater o racismo, com normas relativas aos direitos humanos dentro dos estádios. Segundo Turk, a ONU analisou que dentro do futebol há ainda a discriminação de gênero e o preconceito direcionado a pessoas LGBTQIA+ que estão ligadas a eventos esportivos.

Turk também pediu que todos façam uma reflexão sobre seus atos para averiguar se, em algum momento, foram racistas. “Será que eu tenho um preconceito? (…) Como eu reajo quando vejo outra pessoa lançando um insulto racista? (…) Eu me acomodo, eu respondo a isso? Temos que encontrar maneiras de erradicá-lo completamente no século XXI. Isso exige que todos enfrentem [o problema]", frisou.

 

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