Mulheres integram Condel de Remo e Paysandu

A servidora pública Valeny Silva, de 34 anos, é uma das cinco conselheiras eleitas para compor o Condel do Clube do Remo. Vai ser a primeira vez que ela assume essa função no clube. Para ela, essa foi a forma encontrada para participar ativamente da vida política dentro do time do coração.

“Como todo remista, sempre sonhamos em ajudar o nosso Clube do Coração. O Conselho Deliberativo é uma oportunidade de participar ativamente da vida política do clube, seja através de proposições ou por meio do papel de fiscalização. Desse modo, após período em que fui da Assessoria da Presidência, decidi buscar novos desafios e buscar a eleição no Condel. Fui eleita para o biênio 2021-2023, sendo esta a primeira vez que participo”, comentou.

Valeny sabe que o número de mulheres no Conselho Deliberativo do Remo ainda é pequeno. Afinal, são apenas cinco mulheres e 95 homens. Mas ela garante que são bem atuantes.

“O meio do futebol vem evoluindo. Muitos tabus vêm sendo derrubados, mas no Remo, é importante ressaltar que o Clube vai além do futebol, embora este seja o carro chefe. Embora poucas, as mulheres do Condel do Remo são bem atuantes. Todas as mulheres candidatas foram eleitas. Porém, infelizmente, ainda somos poucos. Aproveito e faço o convite para que todas as remistas se candidatem na próxima eleição e demonstrem a importância das mulheres para a instituição. O maior desafio ainda é o machismo e a falsa ideia que infelizmente ainda existe de que mulheres não entendem de futebol”, afirmou a conselheira, que disse não ter dificuldade pelo fato de ser mulher.

“Por sorte, a única dificuldade que tive e ainda tenho são de divergências de opiniões e posicionamentos com alguns do ponto de vista político. Todavia, não vislumbro isso como um preconceito por ser mulher, mas sim por ser ligado ao turbilhão de emoções que é a vida política no Remo”, afirmou.

Paysandu

Das 25 vagas do Conselho Deliberativo do Paysandu, duas vagas são ocupadas por mulheres. Uma delas é a policial militar reformada Katia Nazaré Teixeira Rodrigues, de 52 anos. Ela conta que a vontade de fazer parte do Condel veio após conversas com amigos e também por lembrar do pai.

“A paixão pelo Paysandu veio de pai para filha. Eu fiz a inscrição, fiquei conhecida e ganhei de primeira”, conta.

Essa é a segunda vez que Katia vai compor o Condel bicolor e fala sobre a felicidade de poder ajudar o clube de alguma maneira.

“Na primeira vez, não se falavam em não votar em mulher. Mas depois mudou. Acredito que é importante ter mulher no Condel porque é mais cautelosa”, afirmou.