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Ganso usa ‘fator Diniz’ como aliado para voltar a ser destaque no futebol brasileiro

Paraense chegou ao Fluminense desacreditado, mas tem retomado a carreira em grande estilo. Jogador deve enfrentar o Paysandu, adversário do Tricolor na Copa do Brasil.

Caio Maia
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Chuteiras pretas, camisa para dentro do calção e habilidade diferenciada. Somado a isso, uma técnica refinada, passes precisos e um olhar único sobre o jogo. Quando surgiu para o futebol, em 2008, ainda como jovem promessa do Santos, o paraense Paulo Henrique Ganso chamou a atenção por carregar todos esses atributos. Ele parecia ser um “camisa 10 clássico”, figura consagrada pelo futebol brasileiro em toda a história.

O início dele como profissional foi animador. A dupla com Neymar no Peixe seduzia os apaixonados pelo futebol em todos os cantos do país. Havia quem dizia que o meia, inclusive, teria um futuro mais vitorioso que o atacante do cabelo moicano. No entanto, após uma lesão no joelho, o futuro do paraense começou a desandar.

image Ganso com a camisa do Pará, após conquistar o título da Copa do Brasil diante do Vitória, no Barradão (Divulgação / Santos)

Depois de cinco anos no Santos, em 2012 Ganso se transferiu para o São Paulo, onde teve lampejos daquela genialidade que lhe deu o status de grande promessa. Bons jogos no Brasileirão fizeram com que, em 2016, o jogador fosse transferido para a Europa, a Meca do futebol mundial. No Sevilla, tradicional clube espanhol, a história foi diferente. Poucos jogos e oportunidades escassas fizeram com que o meia saísse da equipe pela porta dos fundos, tendo um último suspiro do sonho europeu no Amiens SC, pequeno time francês.

image Ganso jogou no Sevilla, da Espanha (Divulgação Sevilla)

Após dois anos e meio na Europa, Ganso voltou ao Brasil em 2019 e aceita o desafio do Fluminense: uma equipe tradicional, mas que passava por um profundo processo de reestruturação. Os primeiros anos foram difíceis, com partidas irregulares e lesões. No entanto, desde 2022 tudo parece ter mudado da água pro vinho.

Hoje, Ganso é um dos melhores jogadores da equipe que, pra muitos especialistas e torcedores, pratica o melhor futebol do Brasil na atualidade. A genialidade, que chamava a atenção no início da carreira, hoje transborda em uma equipe técnica e envolvente. Essa mudança na forma de Ganso jogar, claro, passa por vários fatores, como a ausência de lesões e a ambientação ao Tricolor Carioca. Porém, o maior desses fatores parece ter nome e sobrenome: Fernando Diniz.

'Fator Diniz' chama a atenção

image Fernando Diniz elevou o nível de futebol de Ganso no Fluminense (MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

Diniz chegou ao Fluminense para a sua segunda passagem como técnico do clube em maio de 2022. Desde quando botou os pés nas Laranjeiras fez questão de rasgar elogios para Ganso. Na entrevista de apresentação, em maio do ano passado, o treinador disse que o meia paraense era um "gênio".

"Eu tenho uma relação muito próxima com o Ganso. Eu tentei levar ele para o Santos, mas ainda bem que não deu certo. Quando eu falo do Ganso e não está vivendo um bom momento, não está jogando, soa estranho para quem está ouvindo. A minha opinião sobre ele nunca oscilou, e o Ganso para mim é um gênio. É um cara que faz coisas, e eu joguei e treinei muita gente talentosa. Ele faz coisas que ninguém faz", disse Diniz.

E de fato os números de Ganso desde que Diniz chegou só melhoraram. Somente em 2022, Ganso disputou 57 partidas - um recorde desde que chegou ao Fluminense. Além disso, naquela temporada, o meia marcou nove gols e deu nove assistências. O número de participação em gols foi maior do que o registrado em todas as três primeiras temporadas de Ganso do Tricolor.

Veja os números:

 

 

 

Ritmista do Fluzão

image Ganso traz qualidade de passe ao Fluminense (Marcelo Gonçalves / Fluminense)

O que muitas equipes lutam para conseguir, e que o Fluminense tem com Ganso é um ritmista. Alguém que faça o jogo correr ou desacelerar, conforme o necessário. Um jogador que, como um maestro, organiza e orienta o restante da equipe.

O que faz Ganso orientar o Tricolor é a sua grande capacidade de passe. De acordo com dados do SofaScore, no Brasileirão do ano passado, o camisa 10 foi o segundo meia que mais efetuou passes por jogo: 53,8. Além disso, a taxa de precisão desses passes também impressionam: 92% das tentativas foram certas.

Por meio dos passes, Ganso foi um importante criador de chances para o Fluminense. Ainda segundo o SofaScore, o meia deu 2,1 passes decisivos a cada jogo no Brasileirão de 2022, ficando em 6º lugar na lista de meias mais decisivos.

Copa do Brasil

O Fluminense, time de Ganso, tem como adversário na Copa do Brasil o Paysandu. No jogo de ida, na última quarta-feira (12), no Maracanã, o Tricolor venceu por 3 a 0, com Ganso no banco de reservas. O duelo de volta vai ocorrer no dia 26 de abril, em Belém, no estádio Mangueirão.

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