Ex-Remo, lateral do Castanhal mostra preocupação sobre retorno do futebol: 'Não é o momento adequado'

Experiente atleta de 34 anos, Léo Rosa falou sobre questões de segurança dos jogadores

Andre Gomes
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O retorno do Campeonato Paraense já começa a ser trabalhado e visto como uma possibilidade, ainda que a previsão seja de vários debates, até que se chegue a uma definição. Em caso de volta das partidas, os principais protagonistas do espetáculo dentro de campo, os jogadores, também são os que correm mais riscos em relação ao contágio da covid-19, o novo coronavírus.

Pensando nisso, medidas são tomadas pela Federação Paraense de Futebol (FPF), como o protocolo de segurança para o retorno do estadual. Mas será que os atletas se sentem confortáveis em voltar a jogar com este cenário? Ao menos o lateral-direito ex-Remo Léo Rosa, do Castanhal, afirma que não.

"Ainda não é o momento adequado para o retorno do futebol, apesar das dificuldades financeiras de clubes e jogadores, por conta da paralisação do estadual", opinou o defensor de 34 anos, titular da posição na equipe do técnico Artur.

MODELO QUE NÃO SE ENCAIXA

Na Europa, os principais campeonatos já voltaram - na Alemanha e em Portugal - ou estão de retorno marcado para as próximas semanas - na Espanha, Itália e Inglaterra. No Brasil, alguns estados discutem a retomada, como o Paulistão. Porém, a própria Federação Paulista de Futebol (FPF) admite que ainda não é possível definir uma data para a volta do estadual, pois estes países estão um mês à frente na evolução da doença e não existe, a curto prazo, medidas que garantam total proteção contra o novo coronavírus.

Capital paraense, Belém atingiu nos últimos dias as piores taxas de isolamento social - chegou a 40% na última terça-feira (2). Mas, mesmo diante dessa realidade, a retomada da atividade econômica continua sendo discutida - o que pode facilitar a volta do Campeonato Paraense.

O RETORNO É UM DESEJO, MAS NÃO A QUALQUER CUSTO

O Castanhal, equipe de Léo Rosa, atualmente está em terceiro lugar no Parazão. Ainda faltam completar as duas últimas rodadas da primeira fase, mas o Japiim está muito próximo da vaga para a Série D de 2021, principal objetivo do time, que até sonha com o título paraense. No entanto, o lateral diz que há aspectos importantes a serem analisados.

"O futebol é um esporte de muito contato físico. Todos nós queremos o retorno, mas medidas de proteção devem ser muito bem estudadas para o bem de todos os envolvidos", enfatizou.

OUTRA PREOCUPAÇÃO

Ainda que o protocolo de segurança seja executado na perfeição nas partidas e também nos treinamentos, ainda há o risco dos atletas serem contaminados em casa e levarem a doença para o colegas de trabalho. Ou até o mesmo contrário. O leva a preocupação com os familiares, já que, pelo o que a equipe de esportes de O Liberal apurou, os testes que serão exigidos dos times não incluem as famílias.

"A saúde dos profissionais de futebol e de seus familiares, pelos quais incluo jogadores e equipe técnica, devem ser priorizadas", afirmou Léo Rosa.

A RESPONSABILIDADE

À princípio, os clubes devem bancar os testes, além de equipamentos para garantir a saúde dos jogadores. A questão que fica é se as equipes do interior paraense terão condições de arcar com as despesas. Questionado se seria justo com os times, Léo Rosa assegurou que sim: "Pois somos profissionais e devemos ter nossa saúde resguardada, para que possamos ter o melhor desempenho dentro de campo", finalizou o lateral.

A reportagem entrou em contato com o Remo e Paysandu para saber o posicionamento dos jogadores. Até o fim desta edição, nenhum atleta do Leão respondeu aos questionamentos. Já o Papão disse que os atletas não se manifestariam sobre o assunto.

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