Bola de Ouro: paraense Sócrates é homenageado e Mané recebe prêmio das mãos de Raí

O atacante Sadio Mané, que defende a equipe do Bayern de Munique, da Alemanha, recebeu o Prêmio Sócrates, da revista France Football, na França. Ela faz parte de uma homenagem ao ex-jogador paraense do Botafogo-SP, Corinthians, Fiorentina (ITA), Flamengo e Santos, que premia atletas envolvidos em projetos sociais e causas solidárias.

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O ex-jogador e irmão de Sócrates, Raí, fez parte da apresentação do prêmio. Mané foi escolhido por projetos sociais no período da pandemia de covid-19, que contribuiu com a construção de vários hospitais em Senegal, país onde nasceu.

“Sócrates representa ideais para um mundo mais justo, para um mundo mais humano, e representa os valores da democracia no sentido de criar um mundo melhor para todos. O futebol representa cada vez mais uma ponte importante para chegarmos ao mundo que nós sonhamos, e esse símbolo será eterno”, disse Raí.

Mané joga atualmente pelo Bayern de Munique, da Alemanha (ANDREAS SCHAAD/ASSOCIATED PRESS/AE)

Considerado um dos maiores jogadores africanos da história, Mané falou sobre a conquista, agradeceu e reafirmou a ajuda ao seu país, Senegal.

“É muito bom fazer parte disso com vocês. Às vezes é difícil, mas faço o que posso para melhorar as coisas para o meu povo”, falou Mané.

O paraense Sócrates

Sócrates nasceu em Belém, em 19 de fevereiro de 1954 e faleceu aos 57 anos, no dia 4 de dezembro de 2011, vítima de infecção generalizada, após a terceira internação para tratar uma infecção intestinal, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Ídolo do Corinthians, ele disputou duas Copas do Mundo (1982 e 1986) e tinha um perfil diferente dos outros jogadores. Formou-se em medicina e era engajado em causas políticas no Brasil, como o “Movimentos Diretas Já”, que tinha como principal objetivo retomar as eleições diretas para presidente da república no país. Ele também foi um dos pilares na famosa “Democracia Corinthiana”, que determinava poderes aos atletas, em decisões que antes eram tomadas apenas por dirigentes.