Às vésperas do pleito, Justiça suspende eleições da Federação Paraense de Futebol

Pleito ocorreria nesta terça-feira (27)

O Liberal
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Por decisão da Justiça, as eleições da Federação Paraense de Futebol (FPF) estão suspensas. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (27) e foi confirmada à reportagem pelo advogado da liga, David Merabet.

"Entramos administrativamente impugnando algumas ligas municipais e o próprio edital de convocação das eleições e a comissão não reconheceu nossa fundamentações. Agora foram reconhecidos nossos gritos de irregularidades e falta de lisura do processo eleitoral e comissão. Sem falar nos abusos de poder cometidos pelo presidente/candidato [Adelcio Torres]", disse David.

image Chapa de Paulo Romano entra na justiça para garantir participação na eleição da FPF, marcada para amanhã (28)
O pedido do mandado de segurança para garantir a presença do candidato na eleição será protocolado ainda na manhã desta segunda-feira

image Antes das eleições da FPF, chapa da situação tenta impugnar grupo liderado por ex-presidente do Paysandu
Pleito ocorre na próxima terça-feira (28)

Ainda na segunda-feira (27), a chapa do candidato Paulo Romano, que foi impugnada da eleição, entrou com uma ação na Justiça para voltar ao pleito. David explicou que a decisão foi em relação a outro processo, movido  no 2° Grau do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA): "Não cabe [recurso] com efeito suspensivo, pois [é] decisão da desembargadora em segundo grau", disse David.

Motivos da suspensão:

No documento em que dá a decisão de suspender as eleições da FPF, a desembargadora Eva do Amaral explica as razões:

1°) uma violação do art. 22, incisos III e VI, da Lei Federal nº. 9.615/1998 (Lei Pelé), pois o atual presidente da FPF e candidato à reeleição, Adélcio Torres, foi quem convocou as eleições, o que deveria ter sido feito pela comissão eleitoral previamente constituída.

2°) Além disso, Adélcio publicou o edital de convocação para a eleição no dia 13/12/2021, e, logo em seguida, inscreveu a sua chapa, utilizando-se, supostamente, de informações privilegiadas para tentar ludibriar os candidatos concorrentes, violando o princípio da isonomia.

Comissão Eleitoral

A reportagem tentou contato com o presidente da comissão eleitoral, Jeff Launder, sobre o assunto. No entanto, até o momento, não conseguimos resposta. Vale lembrar que ao O Liberal, Jeff havia confirmado, antes da decisão judicial, que, com a impugnação da chapa de Paulo Romano, apenas os candidatos Adelcio Torres e Ricardo Gluck Paul concorreriam.

A princípio, a eleição ocorreria nesta terça-feira (28), das 10 às 16 horas, no Pará Clube. No entanto, na manhã desta segunda-feira (27), a chapa impugnada entrou com a ação na Justiça. Até o momento, não há uma definição sobre a nova data do pleito.

Confira a decisão da desembargadora Eva do Amaral:

"Em suma, diante dos vícios alegados e aparentemente comprovados pela ora agravante, bem como da iminência do pleito, a prudência recomenda acolher o pedido liminar para suspender a eleição que se avizinha, a fim de que estas inconsistências possam ser melhor compreendidas e aferidas à luz do contraditório na origem e, se for o caso, corrigidas pela entidade agravada através de seus órgãos competentes, tudo com o fim de se evitar que o processo eleitoral em questão não seja maculado e futuramente tornado sem efeito em razão de vícios que podem ser, perfeitamente, sanados a tempo e a modo".

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