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Sal no VAR? Relembre cinco protestos 'sobrenaturais' de torcedores de Remo e Paysandu

Imagem de torcedor do Santos viraliza e OLiberal lista histórias de torcedores e dirigentes paraenses que apelaram ao metafísico

Pedro Cruz / O Liberal

Que futebol e superstição andam lado a lado não é nenhuma novidade. Neste domingo, viralizou a imagem de um torcedor do Santos arremessando sal grosso na cabine do árbitro de vídeo (VAR) em plena Vila Belmiro. A “mandinga” até que deu certo: o Peixe venceu o Grêmio por 1 a 0 - gol validado justamente pelo VAR, já que o assistente, em campo, havia marcado, erroneamente, impedimento na jogada.


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Mas não é necessário ir tão longe para ver casos como este. No Pará, bicolores e azulinos, em diversas oportunidades, recorreram ao metafísico para virar a sorte dos times. A reportagem de Oliberal.com listou cinco.

Mesmo remédio: o sal grosso

Dá para dizer que a Curuzu está acostumada a essa receita contra o “mau-olhado”. Em 2021 já houve pelo menos um caso registrado: em 19 de julho, um torcedor se filmou jogando sal grosso do lado de fora do estádio. O time vivia má fase atuando em casa: eram duas derrotas e dois empates em quatro jogos no Vovô da Cidade pela Série C.


Depois do ritual, parece que o jogo realmente virou. Desde então o Papão não perdeu mais dentro dos seus domínios. De lá para cá foram cinco jogos (Tombense, Jacuipense, Floresta, Santa Cruz e Manaus), sendo quatro vitórias e um empate.

VÍDEO: Paysandu segue sem vencer em casa na Série C, e torcedor joga sal grosso na Curuzu
Em quatro jogos em casa, o Papão empatou dois e foi derrotado duas vez

Solução interna?

Em 2013, o Papão ia mal na Série B. O time estava há quatro jogos sem vencer. Foram derrotas para Oeste, Palmeiras, Icasa e o empate com o Bragantino-SP. O Paysandu então recebeu o Sport, pela 19ª rodada da Segundona. Antes da bola rolar, as escadarias que levam do vestiário ao campo apareceram cobertas de sal.

Ao fim do jogo, a assessoria de comunicação do clube negou, porém, que a ação tivesse sido feita por alguém da diretoria e culpou um “torcedor anônimo”. Verdade ou não, o Bicola venceu o Leão pernambucano por 2 a 0 e respirou na tabela.

Nem sempre dá certo

Há exatos três anos, um torcedor acabou detido na mesma Curuzu ao arremessar sal grosso nos jogadores bicolores enquanto desciam aos vestiários após o aquecimento, antes do duelo contra o CRB, pela Série B nacional.

O homem, identificado como Igor Viggiano Marques, foi encaminhado à delegacia sob a acusação de desacato, já que não obedeceu às ordens dos PMs de interromper o “protesto”. E, para piorar, o Papão empatou o jogo, seguiu na zona de rebaixamento e acabou rebaixado ao final da temporada.

Apelo às ervas

Atravessando a Avenida Almirante Barroso também há casos de apelo ao “sobrenatural”. O mais emblemático deles talvez tenha sido quando a erveira do Ver-o-peso e fervorosa azulina, Beth Cheirosinha, usou de todo o seu conhecimento para tentar afastar o Baenão da longa má fase pela qual o clube passava. 

O coquetel de 33 litros contou com banhos de “comigo ninguém pode”, “quebra barreira”, “quebra feitiço” e, claro, sal grosso. A limpeza espiritual aconteceu em momento dramático do clube, afundado em dívidas e sem vaga na Série D do Brasileiro pela terceira vez em cinco temporadas.

De acordo com o na época diretor comercial do Leão, Stefani Henrique, o banho foi seguido de outras ações de cunho espiritual, como cultos e missas. Se o resultado não foi imediato, hoje o torcedor azulino pode ver o clube disputando a Série B, com dívidas controladas, o Baenão reformado e o recém-adquirido Centro de Treinamento em Outeiro.

Protesto 

Além das ervas, sabão e detergente já foram usados para “limpar” o clube. Em setembro de 2008, um grupo de torcedores decidiu protestar em frente à sede social, na Avenida Nazaré, durante uma reunião do Conselho Deliberativo.

Além de cartazes e palavras de ordem pedindo a renúncia ou destituição do então presidente Raimundo Ribeiro, os remistas, em ato simbólico, lavaram a calçada em frente ao prédio azulino. Se o ato não foi uma ação de apelo direto ao sobrenatural, ao menos serviu como metáfora para cobrar mais transparência na gestão, assim, uma “limpeza de ares”.