Remo, o que fazer com R$ 100 milhões a mais?
Do que faturou este ano para o que vai faturar em 2026, ao subir à Série A, o Remo terá cerca de R$ 100 milhões a mais. A informação que vinha sendo dada nesta coluna foi confirmada pelo presidente Antônio Carlos Teixeira, ontem, em entrevista ao Bom Dia Pará (TV Liberal).
Como investir o adicional financeiro? Assim como a entrada, a saída de dinheiro também será triplicada, pelas despesas do funcionamento e especialmente pelos investimentos na estrutura, com prioridade para o Centro de Treinamentos. O desafio é equilibrar as prioridades no fluxo financeiro, já que o sucesso das finanças vai depender diretamente dos resultados em campo. A tendência é que o Remo tenha uma folha salarial entre R$ 8 e 10 milhões/mês. São números que jamais existiram na vida centenária do Leão Azul.
Calendário e arranhões desafiam o Papão
A Série C pesa contra nas contratações pela desvantagem na visibilidade e mais ainda por encerrar a primeira fase em setembro e ser fechada em outubro. Como agravante, o Papão tem a repercussão dos atrasos de salários desta temporada.
Cientes do desafio, o executivo Marcelo Sant’Ana, o gerente Vandick Lima e o técnico Júnior Rocha somam argumentos e artimanhas para convencer os pretendidos. Sant’Ana está adiantando que só vai contratar quem realmente abraçar o projeto do clube, e isso passa pelo compromisso ético de cumprir o contrato em meio ao assédio comum de clubes da Série B a quem se destaca na Série C.
BAIXINHAS
* Júnior Rocha, novo técnico do Paysandu, já está em Belém, trabalhando no projeto do clube para a próxima temporada. Eduardo Melo, atacante vinculado ao Remo, foi atleta de Júnior Rocha no Caxias, este ano, na Série C, com três gols e quatro assistências em 12 jogos.
* Principais fontes de renda do Remo na Série A. De R$ 90 a 100 milhões em verbas de TV, mais bilheterias, patrocínios, programa sócio torcedor, venda de produtos... Essa transformação coincide com a ativação do Fair Play Financeiro da CBF, que vai impor mais responsabilidade na gestão financeira dos clubes da elite.
* No planejamento azulino está estabelecido que o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil terão peso 01. Serão disputados com o time principal. Parazão e Copa Norte terão peso 02. Serão disputados com time secundário, a não ser os Re-Pas e decisões.
* No Campeonato Brasileiro o objetivo fundamental será o G16. Ou seja, se manter na Série A para 2027. Ambição: uma das seis vagas na Copa Sul-Americana. Sonho: vaga na Copa Libertadores. Mesmo a continuidade na elite já seria uma glória, mas o projeto é ambicioso.
* Se o Remo tem o atacante João Pedro, português naturalizado por Guiné Bissau, o Paysandu tem o jovem volante Artur, nascido em Guiné Bissau. O azulino vive dias de herói em Belém. O bicolor vive dias de sonhos com a promoção ao elenco profissional.
* Faltam dois meses para a bola rolar no Parazão 2026. O campeonato terá de volta o estádio Modelão (Castanhal), terá o Panterão (Santarém), terá as melhorias do gramado do Souza... Alguns avanços importantes na infraestrutura.
* O Pará, que já teve a confirmação de seis clubes na Copa do Brasil (Remo, Paysandu, Tuna, Águia, Bragantino e Castanhal), vai ter quatro clubes na Copa São Paulo: Remo (convidado da Federação Paulista) e Tuna da capital, Águia de Marabá e o Carajás de Parauapebas.
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