CBF define prazo para implantação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro
O Fair Play Financeiro já é adotado em ligas internacionais, como na Europa, mas ainda não tem um formato consolidado no Brasil. A CBF espera que o projeto traga mais estabilidade à gestão dos clubes e amplie a substituição do futebol no país.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reuniu, nesta segunda-feira (11), no Rio de Janeiro, dirigentes de 33 clubes e 10 federações estaduais para discutir a fase final do projeto de Fair Play Financeiro no futebol nacional.
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O modelo, que ainda está em elaboração, tem prazo de 90 dias para ser finalizado e está previsto para começar a ser aplicado na temporada 2026. A proposta é que a implementação seja feita de forma gradual, em diferentes etapas, até alcançar todas as exigências do programa.
Segundo a comissão responsável pelo tema, o objetivo é adaptar as regras de controle e responsabilidade financeira à realidade brasileira, estabelecendo disposições para a relação entre clubes, atletas, outras agremiações e o poder público. A meta é promover mais equilíbrio nas contas e evitar crises estruturais nas competições.
“Temos 90 dias para entregar o projeto final. Já começa em 2026, mas com responsabilidade. Há ondas de implementação para chegar à plenitude do programa. Não queremos implementar de uma vez só. Temos senso de urgência, mas também senso de responsabilidade”, destacou Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF e um dos organizadores dos trabalhos.
O que é Fair Play Financeiro?
O fair play financeiro no futebol é um conjunto de regras criado para evitar que os clubes gastem mais do que arrecadam e acumulem dívidas insustentáveis.
A ideia é garantir que os tempos sejam financeiramente equilibrados, pagando negociações e contratações com receitas reais (como bilheteria, patrocínios e vendas de jogadores), e não com empréstimos ou gastos acima de sua capacidade. Assim, procura-se evitar falências, dar mais igualdade de condições entre clubes e proteger a substituição das competições.
O Fair Play Financeiro já é adotado em ligas internacionais, como na Europa, mas ainda não tem um formato consolidado no Brasil. A CBF espera que o projeto traga mais estabilidade à gestão dos clubes e amplie a substituição do futebol no país.
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