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Advogado de Daniel Alves trabalha tese de defesa para livrá-lo da condenação por estupro; veja

Se a denúncia for julgada procedente pela justiça espanhola, o atleta pode pegar uma pena de até 12 anos de prisão

Luiz Guilherme Ramos
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Diferente da parte acusatória, que sustenta o mesmo relato desde o início das investigações, o jogador Daniel Alves tem prestado vários depoimentos com informações contraditórias sobre o que teria ocorrido na noite do dia 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona. Lá teria ocorrido um caso de violência sexual envolvendo o jogador e uma jovem de 23 anos. Foi ela quem prestou queixa à polícia e, a partir de então, as autoridades se focam diariamente para chegar a uma conclusão. 

A primeira versão dada pelo atleta foi de que não conhecia a mulher que o acusa. Em seguida disse que estavam no mesmo local, sem que nada ocorresse, até que alguns minutos mais tarde a jovem teria praticado um ato sexual contra a sua vontade. Por fim, afirma que toda a relação passada no banheiro da boa foi consentida. Diante da juíza, no dia 20 de janeiro, falou por 45 minutos, respondendo perguntas que não aliviavam o peso da acusação e foram cruciais para que ele fosse preso preventivamente. 

A vítima está sob proteção da justiça, uma vez que ela já testemunhou no tribunal e fez questão de renunciar qualquer indício de indenização que possa ser feita, em caso de condenação. Diferente do acusado, desde os primeiros relatos, feitos a funcionários da boate e à própria polícia naquela noite, ou quando apresentou formalmente a queixa, uns dias mais tarde, bem como ao depoimento prestado à juíza, não houve alteração no conteúdo. 

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Estratégia de defesa

Diante das circunstâncias, a defesa de Daniel Alves tem encontrado dificuldade nas sucessivas tentativas de alterar o status da prisão preventiva, bem como no fato de todos os envolvidos já terem sido chamados pela polícia, além de terem recolhido todas as provas no local e a própria vítima ter sido atendida imediatamente por um hospital, que emitiu um relatório apontando para sinais de violência. Tudo isso tem sido um fator de peso para que ele continue preso na penitenciária de Brians II. 

Na esfera criminal, as investigações já estão avançadas, com diligências praticamente todas realizadas. Assim, o tribunal tem entendido que não é vantajoso alterar o estado de prisão preventiva, até que o julgamento seja realizado, provavelmente no último trimestre do ano. Conforme vem noticiando a mídia espanhola, a nova estratégia elaborada pela defesa vai fixar horizontes em três pontos, começando por uma batalha judicial com os testes psicológicos a serem feitos pela vítima. 

A magistrada do caso ordenou que o estado psicológico da jovem seja atestado, o que ocorre com frequência em casos desta natureza, mas o advogado de Daniel conseguiu que um perito contratado pela defesa esteja presente na referida avaliação psicológica, além da gravação em vídeo. De acordo com especialistas na esfera judicial, não é comum ser feito na Espanha.  

Outro recurso da defesa deve ser um pedido de nova prova pericial para embasar a última tese: que todo o ato sexual foi feito com consentimento da jovem. Para isso, utiliza as imagens da câmera de segurança do local, na qual Cristóbal Martell sublinhou a existência de um curto período de tempo entre a entrada de Daniel no banheiro onde ocorreu o fato, e a posterior chegada da jovem. 

Segundo a defesa, essa tese contrapõe o relato da vítima e sustenta que os supostos dois minutos de diferença mostram que a mulher foi, por conta própria, justamente para ter um encontro sexual com o atleta. Já a terceira via pode tentar um novo depoimento no tribunal. No depoimento do dia 20, ele apresentou várias versões, mas não mencionou se houve penetração, mas sim sexo oral praticado pela vítima; ele disse ainda que não revelou o fato para "proteger" a jovem e a família dele.

Por enquanto, nenhuma das versões o ajudou. O DNA recolhido da vítima, na roupa do atleta, no banheiro e no próprio relatório médico, todos apontam para a penetração e com sinais de alguma violência. Diante dos fatos expostos, a defesa já admite uma nova versão, mas insiste no consentimento. No entanto, somente em um novo depoimento perante a juíza, Daniel Alves terá a oportunidade de sustentar a inocência. 

 

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