A pandemia pode encerrar prematuramente o Campeonato Paraense Clubes queriam continuar jogando, mas mudaram de ideia e optaram pela preservação dos atletas Nilson Cortinhas 22.03.20 8h00 A suspensão do Campeonato Paraense se consumou na última quinta-feira (19) após uma manifestação de Paysandu, Remo e clubes do interior do Estado, como Independente e Tapajós, todos preocupados com a pandemia da Covid-19. Pesou o bom senso. Episódios recentes mostraram o quanto os clubes teriam dificuldades para lidar com a doença, principalmente, as agremiações com menor poder financeiro. O Bragantino, por exemplo, que teve um surto de gripe, demorou para diagnosticar um caso de leucemia no atleta Maranhão. O atleta teve febre por 10 dias seguidos, segundo o próprio jogador que está internado e já iniciou a quimioterapia no Hospital Ophir Loyola, que é público. Diante dos fatos locais e nacionais, em meio aos crescentes casos de Covid-19, os jogadores do Paysandu, líder do campeonato, até então, manifestaram o desejo de interromper urgentemente a competição. E foram apoiados por atletas do rival Remo, com a interlocução dos dois treinadores - Hélio dos Anjos e Mazola Jr. "Participei do processo por inteiro e quero deixar meus parabéns aos dois clubes através de seus representantes nesse momento bonito e de união do Paysandu e Remo", disse Hélio. PROVIDÊNCIAS É bem verdade, porém, que a pandemia assusta em escala mundial. Até suspenderem as suas atividades profissionais, os clubes se organizavam para identificar casos suspeitos e deliberar providência. A organização mais imediada foi do Paysandu. O presidente do clube, Ricardo Gluck Paul, organizou um comitê de crise. "Liderado pela presidente, participam integrantes do departamento médico e do departamento físico. Estamos atentos, vendo boletins e tomando decisões", afirmou. O Remo fez algo semelhante e o médico do clube, Jean Klay, informou que o Leão já havia tomado medidas contra as viroses, de um modo geral. "Desde o ano passado, fizemos vacinação em massa. Nas próximas duas semanas, faremos novas vacinações em massa. Retardarmos, um pouco, porque a vacina contra o H1N1 será disponibilizada no dia 20 (sexta-feira)". Outra medida foi mudar o sistema de ventilação do vestiário e do Núcleo Azulino de Saúde e Performance. Os demais clubes tiveram atitudes mais discretas no combate a pandemia. O treinador Matheus Lima, do Tapajós, explicou as medidas do representante de Santarém no Parazão 2020. "Diminuirmos a carga de treino e fizemos prevenção no hotel, tendo horário para higienização". Já o Castanhal acelerou explicações sobre como higienizar as mãos, por exemplo. MUDANÇA DE ROTA O detalhe é que, inicialmente, houve um consenso entre os 10 clubes participantes para dar continuidade à competição. Preocupações econômicas motivaram a solicitação. Parar o campeonato teria um impacto financeiro em diversos atores envolvidos. O presidente do Águia, por exemplo, assinou um documento em que solicitava o cancelamento da competição, alegando que não tem condições para arcar com um elenco sem atividades profissionais. CONTINUIDADE Justamente pelo impacto financeiro, sobretudo, nos clubes menores, não há certeza quanto à continuidade do Campeonato Paraense. O detalhe é que também não há nenhuma previsão coerente de quanto tempo este processo de paralisação vai durar. A estimativa otimista aponta dois meses. Dessa forma, seria uma reengenharia enquadrar as rodadas finais no restante da temporada. O presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, considera prematuro discutir a sequência da competição. Segundo ele, há fatores externos que podem ser solucionados para conter a pandemia. No entanto, Gluck Paul revelou um certo pessimismo quanto ao prosseguimento do campeonato em que o clube bicolor é líder. "Acredito que é possível que os clubes peçam o fim do campeonato. A discussão que entrará é a seguinte: anula o campeonato ou deixa como está e classifica?". No momento, os primeiros colocados são Paysandu, Remo, Castanhal e Paragominas. Em jogo, estão vagas para Série D e Copa do Brasil em 2021. O presidente do Remo, Fábio Bentes, prefere evitar especulações. "Tudo vai depender do tempo da doença aqui. Está muito cedo pra tirar conclusões", disse. O vice-presidente da Federação Paraense de Futebol, Maurício Bororó, quando questionado, repassou uma reportagem nacional relatando que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se esforçará para colocar os campeonatos locais em meio às disputas nacionais do segundo semestre. "Os Estaduais serão prestigiados e terão prioridades para CBF", crê o dirigente. 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