F1: Chefe da Ferrari minimiza tensão entre Hamilton e Leclerc após troca de posições no GP de Miami
Frederic Vasseur defende estratégia da equipe após troca de posições entre pilotos e clima tenso durante o último Grande Prêmio
Apesar da vitória tranquila de Oscar Piastri com a McLaren no Grande Prêmio de Miami, neste domingo (5), os holofotes também se voltaram para o meio do pelotão, onde a Ferrari protagonizou um raro momento de tensão interna. Charles Leclerc e Lewis Hamilton trocaram posições duas vezes sob ordens da equipe, gerando desconforto evidente durante a corrida. Após o episódio, o chefe da escuderia italiana, Frederic Vasseur, saiu em defesa da estratégia adotada e minimizou o atrito entre os pilotos.
“Acho que fizemos um bom trabalho”, declarou o francês. “Entendo a frustração dos caras nos carros, mas no final foi tudo bem executado. Lewis estava atrás de Charles, com um composto mais macio; nós o deixamos passar e, de acordo com nossas regras internas, os trocamos de novo no final. Demos a Lewis a chance de ir na frente porque seria impossível ultrapassar, e seria uma oportunidade para Lewis alcançar Antonelli.”
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Entenda o que aconteceu
Hamilton, que largou na 12ª posição, começou uma boa recuperação e ultrapassou Carlos Sainz na volta 34, se aproximando de Leclerc. Ambos estavam com compostos diferentes e, na volta 40, Leclerc recebeu ordem para ceder a posição ao companheiro. No entanto, Hamilton não conseguiu imprimir o ritmo esperado e Leclerc acabou retomando o posto a cinco voltas do fim, após nova ordem do pit wall.
Durante a corrida, o clima esquentou no rádio da equipe. Hamilton reclamou da falta de “trabalho em equipe”, enquanto Leclerc questionou se o objetivo era, de fato, atacar a Mercedes de Andrea Kimi Antonelli. O monegasco também pediu que o colega acelerasse, pois o “ar sujo” atrapalhava seu desempenho.
Após a prova, Hamilton evitou pedir desculpas e criticou a demora da equipe nas tomadas de decisão. Leclerc preferiu manter a conversa nos bastidores. "Eles são campeões, querem vencer corridas. Estamos pedindo a eles que deixem o companheiro de equipe passar. Não é fácil, nunca é fácil. Assumimos a responsabilidade de fazer isso porque é a política da equipe", justificou Vasseur.