Brasileiros do atletismo são incluídos em categoria de 'alto risco' para doping antes de Paris

A World Athletics exigiu que o Brasil e outros países selecionados intensifiquem os testes fora de competição antes dos Jogos Olímpicos

O Liberal
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A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) divulgou na segunda-feira que Brasil, Equador, Peru e Portugal foram incluídos na lista de países com alto risco de doping. Por recomendação da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), um órgão independente, a World Athletics exigiu que esses quatro países intensifiquem os testes fora de competição antes dos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, para serem considerados elegíveis para os Jogos, os atletas brasileiros terão que passar por um controle antidoping mais rigoroso.

Apesar de alcançarem os índices de classificação para as Olimpíadas, os atletas brasileiros só serão elegíveis se tiverem sido submetidos a pelo menos três testes antidoping surpresa fora de competição nos dez meses anteriores a 4 de julho de 2024. No caso de competidores de meio fundo e fundo, além dos testes de urina e sangue, será necessário realizar pelo menos um teste de passaporte biológico e um teste de EPO durante esse período. A AIU determinou um intervalo mínimo de três semanas entre os três testes, sendo que o primeiro deles deve ser realizado até 19 de maio.

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Atualmente, o Brasil possui 12 atletas que alcançaram os índices para as Olimpíadas de Paris: Felipe Bardi (100m rasos), Erik Cardoso (100m rasos), Rafael Pereira (110m com barreiras), Alison Santos (400m rasos e 400m com barreiras), Matheus Lima (400m rasos), Lucas Carvalho (400m rasos), Caio Bonfim (20km de marcha atlética), Daniel Nascimento (maratona), Darlan Romani (arremesso do peso), Almir Santos (salto triplo), Erica Sena (20km de marcha atlética) e Viviane Lyra (20km de marcha atlética). Todos eles precisarão atender aos novos requisitos de controle antidoping.

A mudança na classificação do Brasil para um país com alto risco de doping no atletismo foi motivada pela baixa realização de testes fora de competição antes do Mundial de Budapeste, em 2023. Brasil, Equador, Peru e Portugal já haviam sido alertados sobre a insuficiência de testes antes do Mundial de Eugene, em 2022, e não conseguiram garantir testes suficientes em suas delegações no ano seguinte.

"Este ano olímpico, confiamos que este será um lembrete para todas as federações nacionais de que a AIU e a World Athletics levam extremamente a sério a garantia de condições equitativas para os atletas. Cabe a todas as federações nacionais trabalharem em conjunto com as suas organizações nacionais antidopagem para garantir que a sua equipe seja suficientemente testada antes de Paris 2024. A AIU não hesitará em encaminhar qualquer outra federação ao Conselho (da World Athletics) se não virmos testes suficientes", afirmou o comunicado da AIU.

 

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