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COP 30 potencializa chances de inserção no mercado de trabalho em Belém

Conferência Mundial do Clima cria oportunidade para profissionais de formações diversas

Valéria Nascimento

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) movimenta o setor público e a iniciativa privada, em Belém, com a execução de obras e serviços preparando a capital paraense para o evento global. A realização da COP 30 é vista como uma janela estratégica para o crescimento econômico local, e, consequentemente, para a inserção de profissionais no mercado de trabalho. 


Setores como o da construção civil tem destaque, não é difícil observar o grande número de trabalhadores absorvidos nas obras para a conferência mundial. O engenheiro paraense, Carlos Macêdo, conquistou uma dessas vagas. Ele é engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e trabalha na obra que revitaliza o canal da avenida Tamandaré, no bairro da Cidade Velha, em Belém.

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Carlos conta que soube da vaga por uma amiga e logo se interessou em concorrer. “Uma amiga, que serviu comigo na Força Aérea Brasileira, soube da vaga para engenheiro geotécnico para execução da obra do Parque Linear da Tamandaré. Eu enviei meu currículo para análise da empresa".

"Já atuei nas áreas de edificação, de prédios comercias, por exemplo. Também na construção de conjuntos habitacionais, porém a área que atuei mais significativamente é a área de infraestrutura como linhas de transmissão, barragens, indústrias e pistas de aeroportos”, conta o engenheiro civil.

“Obra é complexa por ser à beira do canal’, diz o engenheiro civil

Carlos disse que, no trabalho em pistas de aeroportos, trabalhou com construção e com a elaboração de projetos, quando esteve como engenheiro das Forças Armadas. Sobre o serviço de revitalização do Canal da Tamandaré, ele afirma: “considero uma obra com fundação complexa por se tratar à beira de um canal, e de grande importância para a cidade de Belém, por renovar a paisagem do Centro Histórico da cidade”.

Ele tem orgulho do trabalho para COP30. “É uma satisfação atuar nesta obra, considero (a obra) um presente para a minha cidade e nossa população. Ela vem para resolver os problemas de alagamentos com as trocas das comportas e tem o aumento da arborização nessa região”, disse ele.

Perguntado sobre como vê a disponibilidade de vagas no segmento da construção civil, considerando a cadeia produtiva como um todo, desde profissionais de nível superior a trabalhadores mais operacionais, como pedreiros, eletricistas, ajudantes de obra, Macêdo enfatizou: “É notável e considerável o aumento de vagas de empregos, em todas as áreas”.

Construções movimentam outros nichos de negócios como transportes, alimentação, vestuário

O engenheiro civil assinalou que "ao andar pela cidade, é notório o volume de obras ocorrendo na capital, isso acarreta renda para todas as áreas profissionais, tanto nos níveis superiores quanto a nível operacional, pois a cadeia produtiva é fortalecida com as demandas de cada área, administração, alimentação, produção, transporte etc. Quanto mais gente ocupando os postos de trabalho, mais aumenta a demanda de alimentação, vestuário, transporte, comércio, entre outros setores”.

Sobre recomendações para quem inicia o curso e quer crescer profissionalmente, Carlos recomenda dedicação ao trabalho que se escolhe. “Recomendo que se dedique e se identifique com a área, que tenha resiliência e que após a graduação identifique em que área irá atuar na engenharia, e já persiga uma especialização para fortalecer ainda mais o conhecimento teórico aliado à experiência adquirida”.

Ele defende, por exemplo, que o estudante universitário logo que possa busque estágios e experiências concretas de trabalho. “Após, os primeiro semestres, em que são administradas matérias básicas, ou seja, por volta do 4º semestre, os estudantes começam a ter contato com matérias mais profissionais da engenharia, e já devem começar a ingressar no estágio para ter a vivência da profissão”.

"O que mais me agrada nessa fase, é estar trabalhando na minha cidade e em uma obra que será vista e desfrutada por filhos, netos, e por várias gerações. Isso realmente me gratifica e, como mencionado, pelo carinho como um presente para Belém. Considero esse momento como uma boa virada de chave para nossa Belém, deixar de ser a cidade do ‘já teve”. Com o investimento na reestruturação da cidade, vislumbro um futuro mais promissor para Belém”, observou Carlos Macêdo.

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