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Loja colaborativa: conheça o modelo de negócio que ajuda a reduzir custos do empreendedor

Entenda o que é uma loja colaborativa, como ela funciona, suas vantagens e dicas para participar

Hannah Franco
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Para reduzir o impacto de tantos problemas econômicos, um modelo de negócio que está ganhando destaque nos dias de hoje é a loja colaborativa. Impulsionado pelos princípios da economia compartilhada, essa forma de empreender é baseada no compartilhamento e troca de serviços e produtos entre empresas e microempreendedores individuais, geralmente em um único espaço.

O objetivo é que empreendedores consigam expor seus produtos e serviços em uma única loja em conjunto, isso ajuda a dar boa saída, formar público consumidor e divulgar marcas. Nas lojas colaborativas, todos os custos são compartilhados, como destaca o gerente da Agência de Negócios Metropolitana do Sebrae no Pará, Igo Silva. "A loja colaborativa é fundamental para que empreendedores possam compartilhar serviços e produtos em um único local e reduzir custos fixos", disse.

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A ideia de loja colaborativa surgiu na Europa e ganhou força em várias cidades brasileiras, incluindo Belém. Caliandra Abe Monteiro, de 41 anos, sempre quis ser empreendedora e decidiu abrir uma loja colaborativa, o Cabide Collab para dar o primeiro passo. "Eu tive a ideia de criar o Cabide Collab porque eu acredito muito no trabalho coletivo, por termos a possibilidade de gerar esse movimento de pessoas com o mesmo objetivo", disse a empreendedora que tem a loja há 1 ano e 2 meses.

image Caliandra Abe, de 41 anos, tem uma loja colaborativa há mais de 1 ano e conta com 13 marcas. (Arquivo Pessoal/Caliandra Abe)

Atualmente, a loja conta com a parceria de 13 marcas e comercializa diversos produtos, como moda feminina, masculina moda praia, maquiagens, bolsas, sapatos, joias em pedras naturais, folheadas e até chocolate regional, tudo em um só lugar. Ela conta que precisa traçar estratégias para criar um espaço harmônico, mesmo com produtos e serviços diferentes. "Empreender por si só já é um grande desafio e quando você é responsável por mais 13 marcas esafio se torna ainda maior. São várias pessoas com características diferentes, mas que tenho que fazer com que olhem para o objetivo principal: ser o coletivo", disse. 

"Ter uma loja colaborativa, hoje com 13 marcas, é um desafio diário, porém muito gratificante. É muito bom ver os meus colaboradores crescendo, expandindo os seus negócios e todos ajudando um ao outro, que era a ideia principal de ter uma loja colaborativa, por acreditar nesse trabalho em conjunto", diz Caliandra.

 

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Como funciona

Os empreendedores compartilham o mesmo espaço, expondo suas mercadorias em áreas específicas, que podem variar de stands completos a prateleiras delimitadas. Esses espaços podem ser temáticos e oferecer produtos como roupas, presentes, artesanatos, acessórios de decoração e utilidades domésticas, entre outros.

image Loja colaborativa Cabide Collab conta com roupas, acessórios, calçados e chocolates em um único espaço. (Arquivo Pessoal/Caliandra Abe)

Além de um catálogo de produtos diversificado, há também uma tendência crescente de lojas colaborativas que oferecem serviços, eventos, exposições, espaços de convivência e até cafés. Algumas delas funcionam como espaços de coworking para profissionais da área de beleza, como cabeleireiros, massagistas, depiladores e maquiadores, que podem oferecer seus serviços sem a necessidade de alugar uma sala própria. Isso não apenas economiza recursos, mas também promove o networking entre os profissionais que compartilham o mesmo espaço.

Benefícios

A principal vantagem desse modelo é a redução de custos fixos, já que pequenos empresários podem expor seus produtos e serviços em um espaço físico compartilhado. O gerente Igo Silva, detalhou os custos que podem ser minimizados: "O empreendedor vai pagar menos no aluguel, nas despesas, na conta de luz, de água, vendedores, auxiliar administrativo e nas tarifas da máquinas de cartão de crédito, que também é compartilhada", disse.

Outro ponto positivo de ter sua marca em um espaço compartilhado é que a maioria das lojas estão em pontos comerciais estratégicos, de alto tráfego, que pode ser caro para um pequeno empresário alugar sozinho. Esse modelo de negócio também promove a troca de experiências entre os expositores e até a criação de parcerias.

Nas lojas colaborativas os expositores têm a possibilidade de expandir seus negócios e oferecer uma variedade de produtos, que atraem novos clientes. "Para o consumidor, é interessante ter acesso a vários produtos diferentes em um único local, é uma novidade", destaca Igo Silva.

Como participar

Cada loja colaborativa tem suas próprias políticas, mas o primeiro passo para participar é conhecer a loja que você está considerando. Caliandra explica que, na hora de aceitar um novo colaborador, considera manter a coerência do espaço.

"Tenho todo um cuidado de escolher segmentos que combinem entre si. Primeiro eu verifico o segmento, para ver se já não tenho colaborador atuando, depois vejo o estilo para ver se vai ter harmonia com o espaço e então faço um entrevista pessoalmente", explicou.

O gerente Igo Silva ressalta também a importância de estar atento aos custos. "O empreendedor precisa ficar atento ao valor do aluguel, taxas de comissão e outras despesas. Tem que analisar se as vendas irão compensar esses custos", explicou. Vale também negociar os termos da participação na loja colaborativa. Caliandra, por exemplo, define o valor cobrado de acordo com o tamanho do espaço que se aluga para expor os produtos, com uma média de R$ 300, além de cobrar uma porcentagem de comissões sobre as vendas.

Confira a seguir algumas dicas importantes para começar em lojas colaborativas:

1. Conheça a loja colaborativa: Visite o local para entender o movimento, o público e o espaço onde seu produto ficará exposto;

2. Conquiste o cliente: Compreenda o perfil do consumidor da loja colaborativa para atender suas necessidades e preferências. Isso também ajuda a desenvolver estratégias de marketing;

3. Planeje a exposição do seu produto: Escolha cuidadosamente o espaço onde seus produtos serão exibidos na loja e faça um planejamento para que eles tenham destaque no local;

4. Evite misturar segmentos diferentes: Uma loja colaborativa precisa ter consistência e misturar muitos segmentos diferentes pode confundir os clientes. Manter uma harmonia ajuda a preservar a identidade da sua marca;

5. Explique aos vendedores: Certifique-se de que os responsáveis pela venda dos seus produtos na loja conhecem o que você está oferecendo;

6. Monitore suas vendas: Utilize sistemas de acompanhamento de vendas, se disponíveis, para monitorar seu desempenho. Isso inclui verificar o estoque, identificar os produtos mais populares e entender as preferências dos clientes;

7. Avalie os custos: Como já citado, esteja atento aos custos mensais da loja colaborativa, que podem incluir aluguel de espaço compartilhado, taxas de comissão sobre vendas, despesas de manutenção e pessoal. É preciso ter certeza de que esses custos estejam dentro do seu orçamento e que se alinhem com o potencial de vendas, para aproveitar as oportunidades que uma loja colaborativa pode oferecer.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)

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