Venda de ventiladores cresce até 70% no verão em Belém, dizem lojistas
Chegada do calor mais intenso e queda nos preços, impulsionada por variações no dólar, atraem clientes no veraneio de 2025.
Com a chegada do período mais quente do ano em Belém, o verão amazônico, cresce consideravelmente a busca por produtos que aliviam o calor, como ventiladores, climatizadores e aparelhos de ar-condicionado. De acordo com lojistas do centro comercial da capital paraense, o aumento na procura por esses itens chega a ultrapassar 70% durante o mês de julho.
Para os vendedores do ramo, a procura é muito grande nesse período de veraneio e a demanda tem aumento significativo. “Percebemos que os clientes buscam muito ventiladores, climatizadores e também ar-condicionado. A venda desses itens chega a aumentar mais de 70% aqui na loja”, relata o vendedor Nilson Corrêa, que trabalha em uma loja de eletrodomésticos no centro comercial de Belém.
Segundo ele, a estratégia para atrair mais consumidores nesse período inclui promoções diárias e variedade de produtos. “A gente trabalha com promoções todos os dias. Isso ajuda a dar mais visibilidade e a alcançar um público maior, com diferentes faixas de preço e necessidades. O lojista ainda comenta que a procura pelo ar-condicionado é grande, atribuindo à sua eficiência no combate ao calor. No entanto, destaca que os ventiladores ganham muitos clientes.
Ventiladores seguem como campeões de venda
Para Nilson, isso se deve principalmente à versatilidade e ao custo-benefício do produto. “O ventilador é mais acessível e fácil de transportar. O cliente pode levar para casa, usar em diferentes cômodos ou até mesmo levar para a praia ou sítio. É prático, leve e cumpre bem a função”, comenta.
Além disso, muitos consumidores têm optado por opções que fogem do comum, como os climatizadores, devido a questões de saúde. “Tem cliente que tem rinite ou problemas respiratórios e prefere um climatizador com base d’água, por exemplo. Então a procura por eles tem crescido”, acrescenta.
Queda nos preços em Belém
Apesar da alta demanda, os preços dos aparelhos apresentaram queda no acumulado do ano, conforme levantamento mais recente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, referente ao mês de junho de 2025.
De janeiro de 2025 até o mês de julho do mesmo ano, o preço médio dos ventiladores registrou queda de mais de 5%. E comparando entre julho de 2024 e 2025, uma baixa nos preços de mais de 2%.
Os condicionadores de ar também teveram redução similar nos preços, com queda de 5,69% nos primeiros seis meses do ano. E na variação anual, uma queda singela, com menos 0,68% nos últimos 12 meses no preço médio desses equipamentos.
Na Região Metropolitana de Belém:
- Ventiladores: queda de 5,62% no acumulado do ano e de 2,03% nos últimos 12 meses;
- Condicionadores de ar: redução de 5,69% no ano e de 0,68% nos últimos 12 meses;
- Refrigeradores: recuo de 2,09% no ano, embora tenham registrado alta de 0,56% nos últimos 12 meses.
Segundo Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/PA, a redução nos preços se deve, principalmente, ao comportamento da taxa de câmbio. “A valorização do real frente ao dólar ao longo de 2025 contribuiu para a queda nos preços desses itens, que dependem fortemente de componentes importados”, explica.
Quanto custa?
Os preços dos produtos variam conforme o modelo, potência e tecnologia. Com base em levantamentos informais feitos em sites de grandes varejistas, os valores médios são:
- Ventiladores: entre R$ 100 e R$ 400;
- Climatizadores de ar: de R$ 300 a R$ 900;
- Ar-condicionados: a partir de R$ 1.500, podendo ultrapassar R$ 2.500 em modelos mais potentes ou com tecnologia inverter.
Expectativa para os próximos meses
Com a previsão de temperaturas elevadas até outubro, a expectativa dos lojistas é de que a procura por esses produtos continue aquecida. “A tendência é manter esse ritmo forte de vendas nos próximos meses. O calor ainda vai apertar, e a gente já está reforçando o estoque para atender a clientela”, afirma Nilson.
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