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Parceria entre Instituto Rever e catadores visa ampliar reciclagem e garantir investimentos em Belém

Nesta terça-feira (22), o diretor executivo do Instituto Rever, Ricardo Pazzianotto, visitou cooperativas na cidade, entre as quais a Concaves

Dilson Pimentel
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A relação entre o Instituto Rever e as cooperativas de catadores de materiais recicláveis em Belém se fortalece com o objetivo de ampliar os investimentos em logística reversa e garantir melhores condições de trabalho para esses trabalhadores. Em visita à Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves), na manhã desta terça-feira (22), o diretor executivo do Instituto Rever, Ricardo Pazzianotto, detalhou os próximos passos da iniciativa.

“A gente já tem uma relação de algum tempo com eles. No ano passado, apoiamos a Concaves e outras cooperativas durante o Círio de Nazaré, no Eco Círio. A ideia agora é estreitar e ampliar essa parceria para trazer investimentos para a recuperação de materiais sólidos que serão enviados para a reciclagem. Os investimentos ainda estão sendo desenhados, trazendo os parceiros e definir a forma de fazer isso", explicou Pazzianotto. “Precisamos do governo, de um marco regulatório, de uma legislação específica que trate desse tema, que obrigue as empresas a cumprirem com a logística reversa. Precisamos da prefeitura, com questões de licenciamento. E, por fim, finalizar botando o dinheiro na mão das cooperativas, investindo de fato para que elas possam trabalhar”, afirmou.

Ricardo Pazzianotto também destacou os desafios enfrentados pelos catadores. “Podemos ajudar na articulação para conseguir uma legislação que apoie a categoria, o meio ambiente e o social. Já temos legislações desse tipo em 15 ou 16 estados e no Ministério do Meio Ambiente. Falta a gente ter uma legislação aqui no Pará", destacou. Ele também reforçou que a logística reversa é uma obrigação prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010. Essa política obriga empresas, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a recuperar pelo menos 30% das embalagens que colocam no mercado, nos estados onde essas empresas vendem. Essas embalagens incluem plástico, papel, vidro, aço, alumínio e, atualmente, papéis cartonados.

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image O diretor executivo do Instituto Rever, Ricardo Pazzianotto, conversa com Jonas de Jesus e Débora Baía., da Concaves (Foto: Igor Mota/O Liberal)

 

Após a reunião com os catadores da Concaves, o Instituto Rever segue com uma agenda intensa: “Hoje à tarde temos reunião com a Secretaria do Meio Ambiente do Pará, para tratar da legislação. Talvez esse seja o tema mais importante: ter uma legislação que defina claramente as obrigações de cada parte. Também teremos reuniões individuais com outras cooperativas. Pela manhã estivemos em uma; agora estamos aqui na Concaves. Depois, temos reunião com a prefeitura para tratar de licenciamento, a fim de permitir que as cooperativas possam operar fora dos seus muros, coletando e triando materiais em outros locais antes de trazer para cá (para o galpão da Concaves)”, detalhou Pazzianotto. Ele defendeu que esse processo seja feito antes que os resíduos sejam misturados com orgânicos e sigam para os aterros sanitários ou, pior, para lixões.

“Parcerias com o setor empresarial são fundamentais”, diz liderança dos catadores

Para o catador Jonas de Jesus, coordenador da Concaves e presidente da Central da Amazônia, a presença do setor empresarial é essencial para tornar a coleta seletiva eficiente e sustentável. “Todo mundo critica o empresário por ser objetivo, mas o que a gente precisa na cooperativa é objetividade. O empresariado vem com essa parte de fazer acontecer logo, coisa que a gente não vê nos outros setores, especialmente no governo. Quando o Ricardo vem aqui é sempre uma presença ilustre. Ele chega para resolver”, afirmou.

Jonas valorizou a parceria já existente e acredita que ela pode trazer soluções eficazes para o setor: “Toda vez que ele vem a Belém e nos visita, é porque está fazendo algo novo, produtivo e eficaz. Se não fosse assim, não daria certo. O setor empresarial é fundamental no desfecho da coleta seletiva, para que ela aconteça de verdade e a gente caminhe rumo à sustentabilidade”, disse. Ele também lembrou a importância do engajamento de todos os setores, especialmente com a proximidade da COP 30.

“Ganha principalmente o meio ambiente, ganha a iniciativa privada, ganha o cidadão. Porque está vindo essa iniciativa que faz acontecer de verdade, beneficiando tanto o empresariado quanto a cooperativa”, concluiu. Criado em 2020 e atuante desde 2022, o Instituto Rever atua como entidade gestora de logística reversa habilitada pelo Ministério do Meio Ambiente e em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e, esta semana, tem realizado reuniões com diversos segmentos sociais e empresariais. O objetivo é pensar em formas de ampliar a divulgação de práticas sustentáveis e logística reversa na indústria paraense.

 

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