Venda de carros no Pará sente impactos do coronavírus

Sindicato diz que, apesar da produção praticamente parada, medidas foram tomadas para não haver desligamentos

Roberta Paraense

A produção nacional de veículos caiu 21,1% em março, na comparação com o mesmo mês no ano passado. Os resultados foram divulgados na segunda-feira (6), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O motivo foi o isolamento social devido à pandemia do Covid-19 no Brasil. No Pará, o setor automobilístico sentiu impactos apenas nos últimos dez dias de março e teme ainda mais retração.

No Estado, o maior impacto no setor ocorreu após os primeiros 20 dias de março, mas ainda não há números da queda. Os dados devem ser compilados e divulgados esta semana.

A presidente do Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos (Sincodiv PA-AP), Karina Denardin, explica que todas as fábricas – maior parte concentrada no sul e sudeste do país - tiveram de tomar medidas para conter o avanço da doença nas indústrias automobilísticas.

“A produção está praticamente parada, mas as medidas foram tomadas para não haver desligamentos. Aqui no Pará, tivemos uma redução nas vendas. As pessoas ficaram mais em casa e fizemos alguns ajustes no trabalho dos colaboradores das concessionárias. Alguns trabalham de casa e liberamos o grupo de risco”, explica Karina.

Para ela, a perspectiva é de que, em abril, as vendas declinem ainda mais. “É complicado fazer uma previsão, mas com o pico da doença a tendência é o cenário ficar pior”, disse.

No Brasil, foram produzidas, em março de 2020, 189.958 unidades contra 240.763 no mesmo período do ano passado. Em relação a fevereiro deste ano, quando foram feitos 204.200 exemplares, a queda foi de 7%. Já no acumulado de janeiro a março, a redução foi de 16%.

A Anfavea garante que a queda foi causada diretamente pela parada da produção, como medida de combate ao Covid-19. A indústria brasileira deu férias aos seus colaboradores. 

Projeções para 2020

A Anfavea garantiu disse que, por ora, não pretende revisar as projeções divulgadas em janeiro para 2020, já que a crise causada pela Covid- 19 é profunda. Conforme o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a pandemia afeta o consumidor final, a produção, os investimentos, o mercado financeiro.

“A gente não tem condições de, com segurança, tentar fazer uma estimativa do que vai acontecer em 2020", justificou o presidente da Anfavea.

As últimas projeções da entidade mostravam crescimento de 7% na produção de veículos leves e queda de 10,4% nas exportações.

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