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Uso de carro elétrico pode reduzir custo de motoristas em 50%

Em Belém, existem atualmente 27 carregadores para os veículos

Abílio Dantas/ O Liberal
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De roteiro de ficção científica para o mundo real, os carros elétricos são hoje um fato no Brasil, como apontam os números das vendas. Até 2020, o segmento representava menos de 1% das vendas totais de veículos no país, mas, neste ano, os emplacamentos quase dobraram. De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), no acumulado até o mês de novembro, foram 30.445 carros elétricos e híbridos emplacados em solo brasileiro. O total é 54% maior que as 19.745 unidades entregues em todo o ano de 2020. Em Belém, existem atualmente 27 carregadores para as máquinas, o que significa a presença dos veículos também nas ruas da capital paraense.

O nível de economia que o carro elétrico oferece para o usuário é o que mais chama a atenção de quem opta pelo transporte. Walber Oliveira, presidente da Associação Paraense de Energia Solar e de Veículos Elétricos e Híbridos (Apasolar), que possui hoje 48 associados, destaca que o carro a combustão possui mais de duas mil e quinhentas peças, enquanto um carro elétrico possui 250 peças, o que significa que o custo-benefício do último é bem maior que o do primeiro.

“Sem contar a questão da sustentabilidade ambiental, já que não vai agredir o meio ambiente com a queima de óleo. Mas se tratando de economia, vamos pensar em um exemplo: um carro a combustão, para rodar 100 quilômetros, gasta R$ 58 em combustível, em média. Com o veículo 100% elétrico, para carregar e rodar os mesmos 100 quilômetros, você vai gastar R$ 8. É uma diferença muito grande”, afirma.

Walber Oliveira, que é também CEO de uma empresa de energia solar que atua no segmento da sustentabilidade, explica que o veículo que possui atualmente, totalmente elétrico, é do modelo T3, da empresa BYD, e custou em torno de R$ 190 mil. “Sim, é mais caro atualmente do que um veículo a combustão. Mas tudo isso está relacionado com a tecnologia empregada na fabricação e por todo o valor agregado que um veículo 100% elétrico traz consigo”, argumenta.

O veículo utilizado pelo presidente da Apasolar “tem autonomia de rodar 300km com uma carga de bateria cheia e isso me possibilita rodar mais de uma semana com o carro aqui dentro de Belém”, descreve. A carga leva em torno de seis a sete horas para "encher o tanque", diz Walber Oliveira. “Veículos elétricos são um caminho sem volta. Não é à toa que três das cinco montadoras de automóveis mais valiosas do mundo são de veículos elétricos. Sabe o que isso significa? É o mercado apontando o valor daquilo que já é realidade e dizendo que o futuro será elétrico”, completa.

As vantagens para a retenção dos gastos cotidianos foi o que atraiu o taxista Renan Carvalho da Silva a adquirir o seu carro elétrico. Segundo ele, por serem altas as despesas periódicas com o carro a combustão, foi necessário pensar em uma saída para “aliviar o bolso”. “Meus gastos giravam em praticamente R$ 100 por dia, então surgiu o interesse”, relata.

Renan Carvalho utiliza um modelo híbrido, tanto elétrico quanto movido a combustíveis. “ O Corolla híbrido não precisa ser colocado na tomada, ele não é ‘plug-in’. Ele tem um sistema de autocarregamento, que regenera a bateria através da desaceleração e por meio da frenagem, que transforma a energia cinética em energia elétrica. E quando o motor a combustão é acionado automaticamente também carrega a bateria”, explica. A rotina de abastecimento, segundo o taxista, teve redução de 50%, o que significou que de R$ 100, o gasto passou para R$ 50.

No Distrito Federal, o governo poderá dar um incentivo fiscal a proprietários desses automóveis na forma de isenção do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), como forma de incentivar a compra de veículos elétricos. Nesta quarta-feira (8/12), a Câmara Legislativa do DF (CLDF) aprovou em segundo turno projeto que concede o benefício.

O texto aprovado afirma que a isenção do IPVA será concedida aos “automóveis movidos a motor elétrico, inclusive os denominados híbridos, movidos a motores a combustão e, também, a motor elétrico”. A matéria aprovada seguiu para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).

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