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Sindicatos ligados aos caminhoneiros não vão aderir à greve no Pará

A greve nacional dos caminhoneiros programada para esta segunda-feira, 1º

Sérgio Chêne
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No último sábado, 30, a Justiça concedeu liminar proibindo caminhoneiros e qualquer pessoa de ocuparem, obstruírem ou dificultarem a livre circulação em rodovias federais que cruzam o território paraense.

A greve nacional dos caminhoneiros programada para esta segunda-feira, 1º, não deve ter a adesão da categoria no estado do Pará. Será mais um exemplo do racha e das indefinições registradas no movimento mesmo antes do ato. Além disso, no último sábado, 30, a Justiça concedeu liminar proibindo caminhoneiros e qualquer pessoa de ocuparem, obstruírem ou dificultarem a livre circulação em rodovias federais que cruzam o território paraense. O despacho é nacional e atende um pedido formulado pela União, que prevê multa diária de R$ 10 mil por pessoa física e de R$ 100 mil por pessoa jurídica que participe ou promova o bloqueio ou ocupação de rodovias federais

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Foi estabelecida a multa diária de R$ 10 mil por pessoa física e de R$ 100 mil por pessoa jurídica que participe ou promova o bloqueio ou ocupação de rodovias federais que cruzem o território paraense

Na manhã de hoje, 31, O Liberal manteve contato com alguns representantes de entidades ligadas à atividade de transporte autônomo. Por telefone, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam-Pa), Eurico Ribeiro confirmou a não adesão à paralisação. Ribeiro defende que a discussão deve ser sobre o valor do frete e não relacionada, “de forma exclusiva”, ao preço do combustível. “Não vamos parar, quem quiser ficar em casa, fique. Vamos ver a consequência disso, vamos ver se vão aguentar, pois já existe uma decisão judicial com multa. E a discussão é sobre o frete e não sobre o diesel”, manifestou-se o presidente da entidade que reúne 258 associados em todo o estado do Pará.

O sindicato paraense se alinha à posição da Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA), que reúne sindicatos e federações. A entidade afirma que não foi consultada sobre a pauta reivindicada pelo comando da greve. Em nota emitida no último dia 29, a CNTA informou, em trecho, “que em consulta à base representativa da categoria (sindicatos), não há adesão para qualquer movimento de paralisação ou greve e que uma paralisação neste momento impactaria negativamente ainda mais a vida do caminhoneiro autônomo, além de trazer reflexos nefastos para a sociedade e para economia do país”.

“CNTA trabalha fortemente para que o foco da questão seja o valor do frete praticado pelos contratantes, com condições igualitárias para categoria dos caminhoneiros autônomos. Atrelar a saúde da atividade econômica ao valor do diesel, com soluções momentâneas, acarretam novas manifestações e ensejos de paralisação”, informa ainda outro trecho da nota da confederação que reúne cerca de 800 mil caminhoneiros.

A reportagem tentou ouvir o Sindicato de Transportadores de Cargas do Pará (Sindicarpa), mas Edilberto Ventania não atendeu as chamadas feitas. Contudo, na última sexta-feira, 29, disse, que não havia posicionamento oficial dos caminhoneiros locais sobre a paralisação. No mesmo dia, Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, por unanimidade, o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos estados na venda de combustíveis. “Na realidade, já é um avanço, só deles fazerem isso, mas nosso intuito era diminuir, a gente queria uma cota única a nível de território nacional, mas ter redução de percentual é significativo e nós estamos dispostos a conversar”, disse Ventania à reportagem de O Liberal.

Já o representante do Sindicatos dos Motoristas Autônomos de Transporte de Materiais de Construção, Alessandro Amaral, adiantou que os caminhoneiros vinculados à entidade não devem aderir. “Provavelmente o nosso grupo não vai participar dessa manifestação, pode até ser que mude, a depender de como vai ser feito, mas muito provavelmente não nos envolveremos”, garantiu o sindicalista.

Abastecimento

A  Associação Paraense de Supermercados (ASPAS) que geralmente é impactada durante as manifestações envolvendo o transporte de produtos, disse que acompanha a movimentação em torno da greve prevista. “Estamos acompanhando em nível nacional, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) tem nos informado diariamente, e não nos preocupas a possibilidade de desabastecimento porque o movimento não é geral, são manifestações pontuais”, disse o presidente da associação, Jorge Portugal. O empresário afirmou que os estoques das empresas associadas estão garantidos e o cuidado maior são com o hortifrútis, compostos por produtos perecíveis provenientes do estado de São Paulo e de estados do Nordeste.  

 

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