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Sem fiscalização, supermercados descumprem lei e voltam a usar sacolas não renováveis

Desrespeito ganha impulso com a falta de conscientização a respeito da utilização de sacolas retornáveis e carrinhos de compras

Laís Santana

As sacolas plásticas não recicláveis voltaram a circular em alguns supermercados de Belém. Contudo, a distribuição da embalagem descumpre a Lei que proíbe a distribuição de sacolas que não possuem 51% de componentes renováveis. De acordo com a Associação Paraense de Supermercados (Aspas), a prática tem ocorrido devido à falta de fiscalização. 

“Acontece que os estabelecimentos têm saldos das embalagens. Como a fiscalização não está ocorrendo como deveria, essas lojas têm aproveitado para distribuir essas sacolas e diminuir o estoque. Só que isso é descumprir a Lei e os supermercados estão sujeitos a penalidades”, ressaltou Jorge Portugal, presidente da Aspas. 

No próximo dia 14 a Lei completa três meses que entrou em vigor para médias e grandes empresas. A partir de agosto, a determinação passa a valer para pequenas e micro empresas.

Na avaliação de Jorge Portugal, é necessário também que a população se conscientize a respeito da utilização de sacolas retornáveis e carrinhos de compras para que os impactos ao meio ambiente possam ser, de fato, reduzidos. 

“Quando os estabelecimentos começaram a cobrar pelas sacolas, a população pareceu bastante consciente e passou a levar as sacolas retornáveis e carrinhos de casa, fazendo o que o meio ambiente precisa, pois essa é a finalidade da Lei. No momento em que as sacolas deixaram de ser cobradas devido um erro do fabricante, grande parte da população voltou a pegar as sacolas não recicláveis”, explica. 

Portugal ainda acrescenta que “se a população ajudar, todos serão beneficiados. Por isso, é necessário entender que utilizar as sacolas brancas é muito prejudicial ao meio ambiente, causando grandes impactos, sobretudo aos rios da região.”

Para a auxiliar de cozinha, Inara França, a sacola retornável já é indispensável na hora das compras. Ela conta que começou a utilizar a opção há cerca de 3 anos quando passou a fazer compras em lojas de atacado. 

“Eu lembro que achei interessante a opção de comprar a sacola ao invés de usar uma sacola plástica ou caixas de papelão. Hoje ando com algumas sacolas no carro caso precise fazer uma compra de última hora”, revela. 

Inara França ainda destaca que o hábito mudou outros costumes que tinha. “Antes eu achava que as sacolas plásticas eram indispensáveis, principalmente para juntar o lixo doméstico. Na verdade, evitar usar esse tipo de embalagem faz com que a gente repense até mesmo a forma como separamos o lixo em casa. Foi assim que comecei a separar o lixo reciclável, a fazer compostagem. Isso diminuiu bastante a necessidade de colocar o lixo em sacolas plásticas.”

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