Região Metropolitana de Belém registra a quinta maior prévia da inflação de fevereiro
Alimentos e bebidas puxaram o índice para cima, que ficou em 0,94%

A Região Metropolitana de Belém (RMB) registrou a quinta maior prévia da inflação do mês de fevereiro dentre as nove pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O balanço, divulgado nesta quarta-feira (23), apontou alta de 0,94%, puxada pelo grupo de alimentos e bebidas (2,42%).
Os alimentos que apresentaram maior aumento nos preços foram a cenoura (39,03%), melão (18,63%), brócolis (17,59%), melancia (10,24%) e contrafilé (9,29%). Mas houve também recuo nos preços de itens como abacate (-11,96%), filé mignon (-8,10%), alface (-3,56%), leite em pó (-2,75%) e peixe dourada (-2,73%).
O grupo Educação foi outro que se destacou pelo aumento de preços (6,01%) devido aos reajustes que costumam ocorrer no início do ano letivo. Os principais foram registrados nos gastos com curso de idioma (10,24%), curso técnico (8,94%), pré-escola (8,40%), ensino fundamental (7,85%), ensino superior (7,43%), e ensino médio (6,65%).
O feirante João Araújo da Silva, de 70 anos, há 40 ocupa o mesmo box na Feira da 25, localizada na avenida Romulo Maiorana. Com a cenoura custando R$ 10 o quilo, ele diz que os fregueses começaram a reclamar e a procura caiu. “A cenoura teve menor saída por conta do preço. Antes eu vendia duas caixas por dia, hoje não chego a vender uma”, declarou, destacando que o tomate, repolho e melão foram outros itens que sofreram alta nos preços.
A alta da cenoura também foi sentida pela feirante Juliana Souza, de 33 anos, que tem um ponto na Feira da 25 onde comercializa verduras e legumes há 22 anos. Ela confirma que a procura por legumes e verduras diminuiu. “Ficou caro e tem pouca saída devido ao preço. As pessoas reclamam e dizem que não vão comprar mesmo. A única que não sofreu mudança na procura é a castanha que eu vendo aqui”, conclui.
Cenário nacional
O percentual da inflação é calculado segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e, nesse quesito, a RMB perdeu apenas para as regiões metropolitanas de São Paulo (1,20%) – influenciado pelas altas dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%); Curitiba (1,13%), Belo Horizonte (1,13%) e Rio de Janeiro (1,11%). Com exceção de Porto Alegre (-0,11%) – cujo resultado foi puxado pela energia elétrica (-7,05%) e pela gasolina (-4,89%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em fevereiro.
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