Região de Carajás tem dois dos maiores PIB do estado

Pesquisa aponta a evolução dos dados econômicos nos 144 municípios paraenses

Fabrício Queiroz
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Os municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas aparecem como dois destaques na geração de riquezas e desenvolvimento no estado do Pará. Os municípios figuram, respectivamente, como o primeiro e terceiro lugares no quesito produto interno bruto (PIB) per capita. Em segundo lugar está Vítória do Xingu. Em termos absolutos, Belém ainda detém a primeira colocação com PIB de R$ 32,4 bilhões.

Os dados foram compilados pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), que divulgou nesta semana as “Estatísticas Municipais Paraenses 2020”, com informações em torno de aspectos históricos, físicos, culturais, econômicos e sociais dos 144 municípios do Pará.

Nos principais municípios paraenses, a pesquisa detectou progressivos aumentos na geração de riquezas. Em Santarém, o PIB era de R$ 829 milhões em 2002, passou para R$ 3,4 bilhões em 2013 e, em 2019, alcançou a marca de R$ 5,1 bilhões. Atualmente, o município ocupa a 34ª posição no ranking do PIB per capita no estado.

Em Marabá, o PIB teve uma evolução ainda mais expressiva, passando de R$ 796 milhões em 2002 para R$ 11,4 bilhões em 2019, o que representa um avanço de mais de 1.333% em menos de 20 anos, colocando o município na 8ª posição do PIB per capita no estado. Ananindeua também teve um incremento significativo em suas riquezas, elevando seu PIB de R$ 1,3 bilhões em 2002 para R$ 8,1 bilhões em 2019. Em termos de distribuição de renda, o município figura como 40º no ranking do estado.

Já a capital, teve um incremento de geração de renda de 304% entre 2002 e 2019. No início da série histórica, o PIB local era de R$ 8 bilhões, em 2013 passou para R$ 26 bilhões e, de acordo com o último estudo, está em R$ 32,4 bilhões. Com isso, Belém aparece atualmente em 22° lugar no ranking do PIB per capita do estado.

Um aspecto que chama atenção, no entanto, é a variação negativa em índices de empregabilidade em Belém. Na capital, o número total de vínculos empregatícios era de 409.277 em 2018, no ano seguinte haviam 396.699 vínculos e, em 2019, houve uma leve recuperação com 398.714 pessoas formalmente ocupadas em 2020.

Por outro lado, em alguns dos principais municípios-polo das regiões paraenses os resultados foram mais favoráveis. Ananindeua, por exemplo, teve um aumento de vínculos empregatícios entre 2019 e 2020, passando de 66.576 pessoas empregadas para 69.403. Santarém passou de 39.913 para 42.701 vínculos empregatícios no mesmo período. Por sua vez, Marabá, também observou um aumento nesse quesito entre os dois anos, passando de 49.662 vínculos para 50.595.

De acordo com a coordenadora de Estatística e Disseminação da Informação da Fapespa, Walenda Tostes, essas e outras informações disponibilizadas no estudo ajudam no subsídio às gestões municipais para que tenham melhores instrumentos de apoio à tomada de decisões.

“No cenário atual, no qual o planejamento e a gestão do município são processos que exigem um diagnóstico global e continuado da realidade local, que acompanhe e interprete a dinâmica municipal em seus diversos aspectos social, econômico e ambiental, a informação desagregada é de fundamental importância para planejadores e gestores de um modo geral”, destaca a coordenadora.

A Fapespa trabalha atualmente ainda em um novo projeto chamado Sistemas de Informações do Estado, que pretende alimentar uma plataforma com publicações, relatórios, mapas interativos e outras ferramentas que estarão disponíveis para qualquer gestor ou usuário. A expectativa é que esse projeto seja lançado no 2º semestre de 2023.

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