Rastrear o carro é a melhor arma contra os criminosos; setor cresce no Pará
Estratégia também serve para controle de operações logísticas, controle de entregas, da jornada do condutor, além da otimização das rotas

O rastreamento de veículos cresce em todo o país devido aos avanços tecnológicos das ferramentas de monitoramento. As áreas que mais se destacam com inovação no segmento são o de logística e de segurança, que investem fortemente em equipamentos para otimizar os serviços de localização oferecidos para empresas e também para pessoas físicas.
A necessidade de ampliar o controle de operações logísticas, controle de entregas, da jornada do condutor, do veículo, além da otimização das rotas, impulsionam cada vez mais a evolução dos dispositivos de rastreamento veicular no país. No Pará, o setor é aquecido com a crescente procura de proprietários de veículos que temem a violência urbana, afirma Mayana Ribeiro, consultora de vendas da Cartrace Rastreamento Veicular, que atua há cerca de 20 anos no segmento.
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Empresas paraenses buscam equipamentos de localização para redução de custos
A consultora ressalta que muitas empresas paraenses buscam os equipamentos de localização para usá-los, especialmente, em gestão de frotas para fins de redução de custos operacionais. “Vale acrescentar que o segmento de rastreamento de veículos é considerado um serviço essencial, não somente no Estado do Pará, e sim no Brasil inteiro”, pontua Mayana Ribeiro.
A maior demanda dos paraenses é para o bloqueador veicular, o qual garante a interrupção do automóvel nos casos de roubo. Nessa situação, Mayana explica que a orientação é que o condutor não reaja à abordagem dos criminosos e entre em contato com a central para rastrear o veículo.
“O condutor é orientado a entregar o veículo e ligar para a central de roubos. O bloqueio é feito pela plataforma de rastreio, que bloqueia o fornecimento do combustível imediatamente, assim o veículo não funcionará em hipótese alguma”, diz Mayana.
O mercado paraense conta com a tecnologia de monitoramento via satélite. O equipamento consegue acompanhar operações em áreas remotas e transmite as coordenadas sem depender de torres de telefonia celular, como a rede GSM.
“A ferramenta mostra todo o percurso do veículo 100% via satélite e conquista muitas empresas, principalmente as que possuem máquinas pesadas, como retroescavadeiras, tratores, colheitadeiras e embarcações”, aponta a consultora.
Para as pessoas físicas, o rastreador possibilita encontrar o veículo de forma mais rápida, inclusive utilizando o próprio celular, por meio de aplicativo. O acompanhamento é feito durante 24 horas por dia, e facilita o acesso aos relatórios de percursos e rotas que o veículo percorreu.
Lucio Martins Ferreira, operador de monitoramento, enfatiza que os equipamentos estão se tornando cada vez mais acessíveis para a população, com desenvolvimento de equipamentos adaptáveis às necessidades do mercado e com alternância de rede de comunicação para gerar um baixo consumo energético, sem que haja prejuízos à eficácia do serviço de rastreamento. Porém, o setor ambiental tem utilizado os dispositivos para auxiliar o combate ao desmatamento ilegal e energia limpa, conforme alega o operador.
Tecnologias avançadas
A logística de transporte de cargas incorpora tecnologias de monitoramento que utilizam dados de telemetria, como quilometragem, velocidade, estado de ignição para captar o status de um ou mais veículos. “Tais dados são captados pelos equipamentos e guardados em um banco de dados para uso futuro em análises gráficas”, revela Ferreira.
Guilherme Pareja, proprietário de uma empresa de rastreadores, afirma que os dispositivos são úteis para analisar o perfil de condução, como aceleração, freada, consumo, temperatura, entre outros detalhes.
Ele ressalta que os avanços na fabricação do hardware garantem, hoje, a criação de relatórios aos gestores de empresas, nos quais podem ser identificados os erros e acertos para alinhar os projetos da companhia que precisam de mudanças. “Os dispositivos permitem calcular o custo do quilômetro rodado carregado e vazio, isso faz com que a empresa tenha o custo operacional mais preciso, e consiga controlar o tempo gasto em cada rota para ter uma previsão de entrega mais precisa. Existe também a possibilidade de uso de aplicativo pelo condutor para informar a chegada ao cliente, inicio de descarregamento, final de descarregamento, informar paradas, informar devoluções tudo pelo aplicativo”, esclarece Pareja.
O setor também utiliza o GPRS (Geral Packet Radio Service ou Serviço de Rádio de Pacote Geral), que consiste em transmitir dados usando rede móveis 2G; GPS (Global Positioning System ou Sistema Global de Posicionamento), que realiza a leitura da geolocalização por meio da rede mundial de satélites em tempo real; e rastreadores por radiofrequência que utilizam a emissão do sinal de rádio para estabelecer o contato com as torres de transmissão. A novidade é o sistema chamado LoRa que permite comunicação de longas distâncias com um menor consumo de energia.
“Esses dados de coleta avançados precisam ser captados por equipamentos específicos, que fazem a leitura da rede Can do veículo, existe a possibilidade de colher informações como RPM, odômetro, temperatura, aceleração, consumo médio, consumo instantâneo, nível de combustível, e outros mais. Porém, todas essas informações coletadas só faz sentido se tiver alguém para analisá-las e tomar as devidas providências, caso isso não aconteça, ela perde o sentido, o cliente precisa investir em algo mais caro, olhar os dados e conversar com o condutor para mudar o perfil de condução é essencial para as corporações", conclui o empresário.
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