Programa de renegociação já limpou o nome de 2 milhões de brasileiros

Ministério esclarece dúvidas sobre acesso ao programa e tentativas de fraude

Fabrício Queiroz
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Mais de 2 milhões de brasileiros já tiveram o nome desnegativado nos serviços de proteção ao crédito por meio do Desenrola, segundo informações publicadas pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Twitter. Esse total abrange as pessoas que possuem dívidas de até R$ 100 e se enquadravam como público-alvo da primeira etapa. De acordo com o Ministério da Fazenda, ainda não há um levantamento do número de beneficiados por estado. Já a fase atual é direcionada para a renegociação dos débitos de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil. As condições oferecidas possibilitam o parcelamento em até 96 vezes.

Para estimular a adesão ao Desenrola e a diminuição do número de inadimplentes, algumas instituições estão fazendo campanha junto aos clientes. Nesta sexta-feira (21), a Caixa Econômica Federal, por exemplo, abriu as agências uma hora mais cedo visando atender essa demanda.

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“É importante para mobilizar as famílias e para chamar a atenção para essa possibilidade. A questão do credito é muito importante não só para as famílias ou individualmente, mas porque o crédito muitas vezes é fundamental para que se volte a trabalhar”, afirma Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa. Segundo a instituição, 225 mil pessoas com dívidas bancárias de até R$ 100 já tiveram o nome desnegativado na primeira etapa.

image Inês Magalhães diz que a Caixa espera renegociar as dívidas de 13 milhões de brasileiros (Thiago Gomes / O Liberal)

“A expectativa é que durante o programa tenhamos pelo menos 13 milhões de pessoas beneficiadas no Brasil todo e envolvendo um recurso de R$ 220 bilhões no total”, acrescenta Inês.

Em uma agência no bairro de São Bráz, a movimentação era grande, mas a busca pelo serviço especifico de renegociação ainda era tímida. Apesar disso, quem aproveitou a oportunidade saiu satisfeito. “O atendimento foi ótimo. Consegui renegociar e já até paguei. Era uma conta de R$ 100, mas foi aumentando e passou de R$ 300. Aqui na renegociação eu consegui pagar por R$ 52, por isso paguei imediatamente. Sai com o nome limpo e agora pretendo investir no meu negócio”, conta a comerciante Ivete Silva.

Nas redes sociais, outros usuários têm relatado experiências positivas, como é o caso de Roberta Camargo, que foi inclusive republicada pelo presidente. “Eu acabei de negociar uma dívida de R$9.851,13 por R$600 com o novo programa do governo”, disse.

Por outro lado, o Desenrola ainda gera dúvidas sobre casos em que a dívida tenha sido comprada por outro credor, além das tentativas de golpe que motivaram a emissão de alertas do próprio Governo e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).  Em razão desses casos, o Grupo Liberal solicitou esclarecimentos do Ministério da Fazenda.

“Nessa primeira etapa, estão sendo renegociadas somente dívidas com instituições financeiras, e não fazem parte as dívidas que tenham se originado nos bancos, mas foram transferidas para outros credores”, esclarece a pasta, que acrescenta: “A segunda etapa do Programa será aberta para diferentes credores, além dos bancos. O Ministério da Fazenda divulgará oportunamente os prazos para habilitação desses credores e o cronograma para renegociação”.

image Ministério da Fazenda orienta consumidores a buscarem os canais de atendimento oficiais das instituições financeiras (Thiago Gomes / O Liberal)

De acordo com o cronograma oficial, a previsão é que a próxima etapa inicie a partir de setembro. Nessa fase serão atendidos ainda os clientes que possuem renda de até dois salários mínimos ou inscritos no CadÚnico e com dívidas de até R$ 5 mil.

Em relação às tentativas de golpe detectadas, o Ministério diz que a recomendação é que a recomendação é que o público utilize somente os canais de relacionamento dos bancos participantes. “É importante ressaltar que as instituições podem oferecer condições de renegociação fora do Programa Desenrola. Assim, o interessado deve estar atento para que não seja vítima de fraude quando optar pela renegociação que não seja realizada diretamente com o banco de relacionamento”, ressalta.

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